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Mostrando postagens de fevereiro, 2024

II DOMINGO DA QUARESMA

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“Deus pôs Abraão a prova” No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus convida-nos a avançar em direção à Páscoa. O ensinamento deste domingo nos coloca no caminho da obediência radical a Deus, na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor, tendo uma escuta atenta de sua palavra (Evangelho) que nos orienta a ver o caminho que nos permite encontrar a vida em abundância. O Exemplo desta escuta e da obediência, encontramos na figura de Abraão na Primeira Leitura (Gn 22,1-2.9a. 10-13.15-18). O crente por excelência, um homem de fé inabalável, que vive numa constante escuta de Deus, aceita os apelos de Deus e que responde com obediência total e irrestrita, motivo pelo qual é fonte de bênção: “Então o Anjo do Senhor clamou a Abraão ... eu te abençoarei e farei crescer tua descendência como as estrelas do céu e como a areia da praia no mar ... Por meio de tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra porque obedecestes à minha voz.”, (Gen 22,15-18). Por qual motivo Deus coloca Abra

I DOMINGO DA QUARESMA

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 “CONVEETEI-VOS E CREDES NO EVANGELHO” Na Quarta-feira de Cinzas iniciamos o Tempo Quaresmal com o Senhor, fazendo um convite através do profeta Joel: “Agora – Oráculo do Senhor- voltai para mim de todo vosso coração com jejuns, prantos e lamentações. Rasgai vossos corações não vossas vestes, e voltai ao Senhor vosso Deus” (Jl 2,12-13).  Deus nos chama a sermos novas criaturas, abandonando o homem velho enraizado no egoísmos, no egocentrismo, na autossuficiência, na ganância, que nos fazem regredir no amor, causando a desorientação. Ele deseja ardentemente que sejamos salvos, por isso desafia-nos a colaborar na construção de um mundo novo, de harmonia e paz, atingido pela verdadeira felicidade. A proposta do tempo quaresmal é vivermos os grandes desafios que nos levará ao encontro com Deus na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador na oração, jejum e esmola. A Quaresma é uma caminhada de 40 dias em que, o Magistério da Igreja, nos coloca a pedagogia de Jesus para restaurar toda
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  A Campanha da Fraternidade nasceu na Arquidiocese de Natal (RN), como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus. No Brasil, a Campanha da Fraternidade tornou-se expressão de comunhão, conversão e partilha. Comunhão na busca de construir uma verdadeira fraternidade; conversão na tentativa de deixar-se transformar pela vida fecundada pelo Evangelho; partilha como visibilização do Reino de Deus que recorda a ação da fé, o esforço do amor, a constância na esperança em Cristo Jesus (Cf. 1Ts 1,3). Neste ano, a Carta Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, serviu de inspiração para que a Campanha da Fraternidade 2024 inspire o caminho quaresmal, nas seguintes perspectivas: primeiro , incentivar as pessoas a verem as situações de inimizade que geram divisões, violência e destroem a dignidade dos filhos de Deus; segundo , impulsionar cada pessoa a iluminar-se pelo Evangelho que a todos une como família e, terceiro , ag

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

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  “Se queres tem o poder de curar-me” A liturgia deste VI Domingo do Tempo Comum já nos prepara para o grande retiro quaresmal, que deverá nos introduzir na Páscoa do Senhor. São quarenta dias em que Deus apresenta sua misericórdia, amor, ternura, justiça e sua vontade que sejamos reintegrados na comunidade de seus filhos. Ele não exclui ninguém, nem aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização. Na Primeira Leitura, do Livro de Levítico (13,1-2.44-46), apresenta-nos uma legislação que definia a prática (tradição) da época no tratar com as pessoas que apresentavam o sinal de uma doença desconhecida e altamente contagiosa, a “lepra”. Quem o contraia era excluído da comunidade e era obrigado a viver no isolamento e esquecimento, (a margem do caminho - marginalizado). Esta prática não deve ser refletida fora do contexto do tempo.  O que mais impressiona são as situações de exclusão, seja por uma doença, seja pelo pecado. As pessoas, que a partir de um

“Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!”

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 Inicio a reflexão deste V Domingo do Tempo Comum com a as palavras de Paulo na I Carta aos Corintos: 9,6 “Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!” A liturgia de hoje coloca-nos frente a grandes questões que afligem os corações dos homens: Qual o sentido do sofrimento e da dor que caminha lado a lado com a humanidade? Qual o posicionamento de Deus diante dos dramas que marcam a nossa existência humana? Frente a essas questões, a liturgia de hoje não tem respostas absolutas, más nos ilumina com uma certeza fundamental: “O projeto que Deus tem para nós não é um projeto de morte, mas é um projeto de felicidade e de vida, que estão a nossa disposição, para tomarmos posse, para isso é necessário que nos abandonemos nos braços do Senhor. A primeira leitura do livro de Jo 7,1-4.6-78, o profeta comenta, com amargura e desilusão, o fato de sua vida estar marcado por um grande sofrimento que se agrava com o sentimento da ausência e da indiferença de Deus, apesar de seu sofrimento. Com todo es