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V DOMINGO DA QUARESMA

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Hoje, com toda a Igreja, celebramos o V Domingo da Quaresma que nos aproxima da grande festa da Páscoa. Reverbera a preocupação de Deus em nos mostrar ao caminho que nos conduz ao encontro pessoal com Deus, na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador que morreu na cruz para nos dar vida e vida em abundância. Cumprindo a vontade do Pai, Jesus desenha o mapa deste caminho. A Primeira Leitura do Livro de Jeremias (31, 31-34), o profeta anuncia que Deus propõe com o povo uma “Nova Aliança”. O capítulo 30 e 31 são chamados de “Livro de consolação de Israel”. Jeremias no texto que refletimos, fala-nos de uma nova aliança, uma aliança diferente da que Deus concluiu com o povo quando o tirou da escravidão do Egito (Jer 31, 32). A aliança a que se refere Deus pela boca de Jeremias é nova, por duas razões: A Aliança do Sinai, era uma aliança externa gravada em pedras, tinha o efeito de lei, foi indispensável para conduzir o povo da aliança a terra prometida. Onde corre leite e mel, a parti

IV DOMINGO DA QUARESMA

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  Alegria! Alegria! Alegria! A liturgia deste Quarto Domingo da Quaresma, a qual chamamos o Domingo da Alegria (Laetare), nos chama a olhar para o projeto salvífico de Deus que traz como primícias a salvação para os homens restaurando toda a natureza na forma original. Temos que ter presente que a salvação a nós oferecida por Deus, é uma iniciativa do próprio Deus, porém deve ser conquistada pelo homem na liberdade, adesão e na prática do amor. A nossa resposta deve ser levada na alegria, marca essencial do Evangelho e deste Domingo da Quaresma, por isso chamamos o “Domingo da Alegria”. A Primeira Leitura (2 Cr 36.14-16.1923) relata destruição de Jerusalém, o incêndio do templo e a deportação do Povo de Deus para a Babilónia, que são vistas pelo cronista como o resultado lógico dos pecados da nação. “Os chefes de Judá, os sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades” (vers. 14); ignoraram os avisos enviados por Deus por intermédio dos profetas e desdenharam os seus apelos… E

III DOMINGO DA QUARESMA

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“Eu Sou o Senhor Teu Deus” Neste Terceiro Domingo do Tempo da Quaresma, o caminho que nos conduz à vida nova. A salvação virá através de nossa adesão, livre a Deus na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador. A primeira Leitura do Livro do Êxodo (20,1-17), o Senhor entrega através de Moisés seu código de ética que serviu conduzir o povo no deserto em busca da terra prometida. Este código de ética “dez mandamentos” continua em vigor nos ensinamentos de Jesus. Nesta reflexão, quero centrar-me no decálogo, fonte de muita discursão entre os cristãos, não quero, porém, esgotar o assunto, mas municiar-nos da vontade de conhecer o coração de Deus e seu projeto salvífico. O decálogo reverbera duas áreas fundamentais da existência humana: a relação do homem com Deus (04 primeiros mandamentos) e a relação do homem com o homem, tendo como centro Deus (06 últimos mandamentos). Os quatro primeiros mandamentos imprimem no coração do homem que Deus deve ser o centro de toda ação humana, o coraç

II DOMINGO DA QUARESMA

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“Deus pôs Abraão a prova” No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus convida-nos a avançar em direção à Páscoa. O ensinamento deste domingo nos coloca no caminho da obediência radical a Deus, na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor, tendo uma escuta atenta de sua palavra (Evangelho) que nos orienta a ver o caminho que nos permite encontrar a vida em abundância. O Exemplo desta escuta e da obediência, encontramos na figura de Abraão na Primeira Leitura (Gn 22,1-2.9a. 10-13.15-18). O crente por excelência, um homem de fé inabalável, que vive numa constante escuta de Deus, aceita os apelos de Deus e que responde com obediência total e irrestrita, motivo pelo qual é fonte de bênção: “Então o Anjo do Senhor clamou a Abraão ... eu te abençoarei e farei crescer tua descendência como as estrelas do céu e como a areia da praia no mar ... Por meio de tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra porque obedecestes à minha voz.”, (Gen 22,15-18). Por qual motivo Deus coloca Abra

I DOMINGO DA QUARESMA

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 “CONVEETEI-VOS E CREDES NO EVANGELHO” Na Quarta-feira de Cinzas iniciamos o Tempo Quaresmal com o Senhor, fazendo um convite através do profeta Joel: “Agora – Oráculo do Senhor- voltai para mim de todo vosso coração com jejuns, prantos e lamentações. Rasgai vossos corações não vossas vestes, e voltai ao Senhor vosso Deus” (Jl 2,12-13).  Deus nos chama a sermos novas criaturas, abandonando o homem velho enraizado no egoísmos, no egocentrismo, na autossuficiência, na ganância, que nos fazem regredir no amor, causando a desorientação. Ele deseja ardentemente que sejamos salvos, por isso desafia-nos a colaborar na construção de um mundo novo, de harmonia e paz, atingido pela verdadeira felicidade. A proposta do tempo quaresmal é vivermos os grandes desafios que nos levará ao encontro com Deus na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador na oração, jejum e esmola. A Quaresma é uma caminhada de 40 dias em que, o Magistério da Igreja, nos coloca a pedagogia de Jesus para restaurar toda
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  A Campanha da Fraternidade nasceu na Arquidiocese de Natal (RN), como expressão da caridade e da solidariedade em favor da dignidade da pessoa humana, dos filhos e filhas de Deus. No Brasil, a Campanha da Fraternidade tornou-se expressão de comunhão, conversão e partilha. Comunhão na busca de construir uma verdadeira fraternidade; conversão na tentativa de deixar-se transformar pela vida fecundada pelo Evangelho; partilha como visibilização do Reino de Deus que recorda a ação da fé, o esforço do amor, a constância na esperança em Cristo Jesus (Cf. 1Ts 1,3). Neste ano, a Carta Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, serviu de inspiração para que a Campanha da Fraternidade 2024 inspire o caminho quaresmal, nas seguintes perspectivas: primeiro , incentivar as pessoas a verem as situações de inimizade que geram divisões, violência e destroem a dignidade dos filhos de Deus; segundo , impulsionar cada pessoa a iluminar-se pelo Evangelho que a todos une como família e, terceiro , ag

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM

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  “Se queres tem o poder de curar-me” A liturgia deste VI Domingo do Tempo Comum já nos prepara para o grande retiro quaresmal, que deverá nos introduzir na Páscoa do Senhor. São quarenta dias em que Deus apresenta sua misericórdia, amor, ternura, justiça e sua vontade que sejamos reintegrados na comunidade de seus filhos. Ele não exclui ninguém, nem aceita que, em seu nome, se inventem sistemas de discriminação ou de marginalização. Na Primeira Leitura, do Livro de Levítico (13,1-2.44-46), apresenta-nos uma legislação que definia a prática (tradição) da época no tratar com as pessoas que apresentavam o sinal de uma doença desconhecida e altamente contagiosa, a “lepra”. Quem o contraia era excluído da comunidade e era obrigado a viver no isolamento e esquecimento, (a margem do caminho - marginalizado). Esta prática não deve ser refletida fora do contexto do tempo.  O que mais impressiona são as situações de exclusão, seja por uma doença, seja pelo pecado. As pessoas, que a partir de um