IV DOMINGO ADVENTO


 Hoje, com toda a Igreja, celebramos o IV Domingo do Advento.  No domingo passado celebramos o domingo da alegria, neste IV domingo, vislumbramos os primeiros raios do Natal, é Jesus Cristo que “veio, vem e virá” como a luz que deve iluminar-nos neste Natal, o Natal do Senhor, o maior presente que Deus nos oferece.

A liturgia de hoje nos convida também a ouvir o anúncio angélica, “Alegra-te cheia de graça o Senhor está contigo” (Lc1, 28), a exemplo de Maria, que tomou posse desta benção devemos também tomar posse desta graça que é derramado sobre todos, por isso a missa deste domingo quer colocar luz sobre o que celebramos “Céus, deixai cair o orvalho, as nuvens façam chover o justo; abra-se a terra, e deixe germinar o salvador”  (Is 45,48).

Jesus é aquele que veio colocar em prática todo o projeto salvífico de Deus, no qual devemos nos alinhar, pois a ele devemos elevar todo o nosso louvor e glória como confirmado por Paulo na conclusão da carta aos  Romanos (16, 25-27):  A  Deus, o único sábio, por meio de Jesus Cristo, seja dada a glória, pelos séculos dos séculos! Amém”.

O Advento é uma caminhada de preparação para o Natal do Senhor em duas etapas: a primeira, reflete-se à segunda vinda (I e II semana), a segunda  (III e VI semana) trata da primeira vinda, encerrando com o anúncio do anjo à Maria, que dela viria o Salvador. Isso acontece em meio a uma sociedade onde as práticas eram severas, a princípio, Maria queria entender o motivo daquela mensagem, todavia, após o diálogo com o anjo, ela abandona-se nos braços de seu Senhor em uma confiança invejável: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra  E o anjo a deixou.” (Lc 1,38).

Hoje, mesmo na Missa da Vigília a antífona nos dar o caminho para nossa alegria “Alegremo-nos todos no Senhor, porque nosso salvador nasceu no mundo. Hoje, para nós, desceu do céu a verdadeira paz”.

O Evangelho da Missa da Vigília do Natal segundo Lucas (2, 1-14) mostra José e Maria em obediência ao decreto do imperador sobe a cidade de Davi “Belém”  “A Casa do Pão”  para submeter-se ao recenseamento,  motivo pelo qual a cidade estava cheia. Eles não encontraram hospedaria e foram abrigados em uma gruta, onde Maria deu à luz a seu divino filho, na pobreza, tão anunciado por todos os profetas.  Ele era a própria luz, que brilha para todos, inclusive para os pastores que nos campos tomavam conta de suas ovelhas. 

O medo toma conta daqueles campos, mas logo após os pastores terem recebido a mensagem angélica “Não tenhais medo”, foram acometidos de uma grande alegria, a alegria da promessa cumprida, “Nasceu o Esperado” como narra Lucas: “...Não temais! Eis que eu vos anuncio uma grande alegria,  que será para todo o povo:  Nasceu-vos hoje um Salvador, que é Cristo-Senhor...” (2,10-11).

A alegria do Natal deve nos envolver, fazendo com que nosso coração seja transformado em uma manjedoura, para que este Jesus que nasceu em Belém “Casa do Pão” possa nascer todos os dias,  trazendo-nos a verdadeira “Alegria” que cantamos na antífona da Missa do III Domingo do Advento: “Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos! O Senhor está próximo” (Fl 4,4-5).

A alegria do Natal fundamenta-se na realização da promessa de Deus que deseja ardentemente  a salvação de todos. Este menino que nasce em Belém “era, é e será”  nosso Rei, tem como primeiro trono a manjedoura. Seu palácio era a gruta de Belém,  o que o esperava eram muitos desafios, rejeição, dificuldades, traição, tristeza,  mas nos ensina que alegria não está nas coisas que passam, e sim no “Senhor”. Ele estará sempre presente e “próximo”. Portanto, cantemos com os anjos: Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens que ele ama!” .

Que todos nós tenhamos um Natal de Luz e Nossa Senhora Mãe das Graças nos ensina a amar Jesus como ela o amou.

Diácono Artur Carlos Pereira

Referência:

Bíblia tradução Jerusalém/TEB

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