XXXII DO TEMPO COMUM


Hoje, com toda a Igreja, celebramos o XXXII Domingo do Tempo Comum, neste domingo a igreja nos convida a vigilância, contemplando a sabedoria orientada pela prudência, pela força do amor e pela vigilância, proporciona o nosso encontro com Cristo, noivo da Igreja, a qual sacia nossa vida com a verdadeira felicidade.

Para mergulhar no entendimento do que propõe este XXXII domingo, é precioso fazer uma leitura orante  do Livro da Sabedoria (6, 12-16) sobre dois aspectos.

Primeiro, a “sabedoria”  é dom de Deus, que o homem  deve se apropriar, para que saiba conduzir sua vida ao encontro pessoal com Ele na pessoa de Jesus Cristo, e encontrar a verdadeira felicidade. Temos que ter a certeza que Deus é amor, é Pai preocupado com a felicidade de seus filhos, coloca todos os seus dons à disposição. Ele deseja ardentemente a salvação de todos e convida-nos para que, de forma contínua, sejamos vigilantes, atentos e dispostos a acolher os dons, que a cada instante Ele nos oferece.

Segundo, o que é decisivo para que o homem tenha acesso à plenitude dos dons de Deus é sua disponibilidade em alinhar a sua vontade e decisões à vontade e decisões de Deus. Ele coloca todos os seus dons de forma clara, gratuita e incondicional, para que seu reino seja construído, ao homem é pedido como condição primeira que, não se feche em seu egoísmo e na sua autossuficiência, mas abra seu coração a graça oferecida por Deus. 

O Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus (25, 1-13), nos é colocado a parábola das dez jovens que saíram ao encontro do noivo. O quadro pintado por Jesus é uma festa de casamento, que é comparado com o Reino dos Céus.  Assim ,como para os Judeus, para nós, a festa de casamento é algo marcante, que deve ser festejada e vivida por toda a existência.

A parábola constitui  uma apelo tanto para os Judeus da época como para nós, no sentido de não perdermos a oportunidade de participar da grande festa do reino. A opção é nossa, se não considerarmos o caminho mostrado por Deus na pessoa de Jesus, como o único e verdadeiro caminho que nos leva ao encontro pessoal com Ele. Certamente, ficaremos do lado de fora, distante da providencia de Deus que não conhece aqueles que não o aceita e o segue como Messias, aquele que veio com a missão de salvar a todos. 

 “Finalmente, chegaram outras virgens,  dizendo: ‘Senhor, senhor, abre-nos!’ Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: não vos conheço!’ Vigiai, portanto porque não sabeis nem o dia nem a hora.” (Mt 25, 12)  

A vigilância é o estado de alerta, que nos prepara para a grande festa, onde o centro deve ser o Senhor. Mas como  está preparado? Como resposta me valo da publicação no site dos Dehonianos dos P. Joaquim Garrido, P. Manuel Barbosa, P. José Ornelas Carvalho, no site https://www.dehonianos.org/portal/32o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/ 

“Estar preparado” não significa, contudo, ter a “alminha” limpa e sem mancha, para que, quando nos encontrarmos com o Senhor, Ele não tenha nenhuma falta não confessada a apontar-nos e nos leve para o céu… Mas significa, sobretudo, vivermos dia a dia, de forma comprometida e entusiasta, o nosso compromisso batismal. “Estar preparado” passa por descobrirmos dia a dia os projetos de Deus para nós e para o mundo e procurar concretizá-los, com alegria e entusiasmo; “estar preparado” passa por fazermos da nossa vida, em cada instante, um dom aos irmãos, no serviço, na partilha, no amor, ao jeito de Jesus.”

A vigilância, nos alerta que, Jesus vem ao nosso encontro todos os dias, e nossa natureza original, pelo qual fomos criados, reclamam nosso emprenho, nosso compromisso na construção de um mundo, onde possamos enxergar e socorrer a miséria de um pobre que nos interpela, no pedido de socorro, o homem escravizado, na solidão de um velho carente de amor e de afeto, o sofrimento de um doente terminal abandonado por todos, o grito aflito de quem sofre a injustiça e a violência, o olhar dolorido de um imigrante, no corpo esquelético de uma criança com fome, nas lágrimas do oprimido.

O Evangelho deste domingo adverte-nos que não podemos instalar-nos no nosso egoísmo e na nossa autossuficiência e nos demitir de escutar os apelos do Senhor.

Fiquem com Deus, tenha um domingo abençoado, e uma semana santa, que Nossa Senhora das Graças nos ensina a amor Jesus, como ela o amou.

Diácono Artur Carlos Pereira

Referência:

Liturgia Deus Conosco

Bíblia tradução Jerusalém

 https://www.dehonianos.org/portal/32o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/


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