XXX Domingo do Tempo Comum


Hoje, com toda a Igreja, celebramos o XXX Domingo do Tempo Comum. Neste domingo, Jesus nos chama a atenção para o compromisso do amor, que resume toda a lei, um compromisso sério, eficaz e eficiente que nos coloca diante de Deus, que ouve e vê tudo.

A Primeira Leitura do livro de Êxodo (22,20-26), o Senhor nos recomenda a não reprimir o estrangeiro, cuidar das viúvas e não tomar como penhor do mais necessitado (pobre) qualquer coisa que vá desprotegê-lo. Isso é amor verdadeiro que brota da verdadeira fonte, “o coração de Jesus”.

Como exemplo de amor verdadeiro, a liturgia de hoje nos apresenta a comunidade de Tessalônica, Paulo na primeira carta aos Tessalonicenses (5,5c-10), enfatiza este exemplo, onde aquele povo depois de passar por uma catequese sistemática, de inspiração catecumenal, caminhando pela Iniciação à Vida Cristã (IVC), toma posse do projeto salvífico de Deus. Eles tornam catequistas, primeiro sendo exemplo, e depois portadores da mensagem que receberam para todos os povoados e cidades da região de Macedônia e Acaia. 

Neste domingo, como nos anteriores, continuamos refletindo os capítulos 21 e 22 de São Mateus, que acontece em Jerusalém, é o confronto final, entre o poder religioso e político, com a catequese de Jesus, que representa o poder “serviço”. 

A refletiremos hoje Mt 22,34-40, onde um dos doutores da lei, pergunta a Jesus “Mestre qual é o maior mandamento da lei?” (Mt 22,36).

Ao longo da história, o mundo judaico criou uma blindagem intransponível para proteger a Lei de Moisés, e o decálogo (10 mandamentos) é o centro de tudo, portanto, colocar qualquer mandamento como maior seria um descaso para os outros.

Jesus compreende tudo muito bem, onde eles querem chegar com esta pergunta, sua resposta é dada com muita altivez. Ele não perde a conexão com a lei, e muito menos com seus ensinamentos. Sua pedagogia sempre foi cumprir toda a lei e os ensinamentos dos profetas, colocando como centro o amor verdadeiro, por isso, ele resume toda a lei de uma forma que só Ele, com sua autoridade de Messias, poderia fazer “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento, Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Amará o teu próximo como a ti mesmo.”  (Mt 22,36-39).

A redação da revista “Deus Conosco” nos traz uma reflexão intocável sobre o amor, ligado à resposta de Jesus “Certamente que o amor de Jesus, seu primeiro amor, é o Pai. E amar de todo o coração, como nos ensina, é excluir os “absolutos” em nossa vida: poder, dinheiro, prazer interesses, orgulho... O Cristo é o único bem, o maior bem que temos ao nosso alcance. Por que vivemos gananciosos por outros bem? Deus continua a se comunicar conosco e nós espera uma resposta de amor, de transformação de solidariedade”. 

O amor é o centro da catequese de Jesus, e para confirmar este amor indelével, que deve ser a nossa marca, a marca do Cristão, Jesus ainda confirma este mandamento de forma incisiva, como narra João (15,12): “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” Esta é a forma de amor que Jesus nos ensina, um amor sem restrições, incondicional, um amor que acolhe um amor que alimenta o perdão, a misericórdia e a justiça. É justamente esta forma de amar que levou a Jesus a dar sua vida para nos resgatar do pecado, nos colocando no caminho (Ele) onde faremos o encontro pessoal com Deus na pessoa de Jesus Cristo nosso Senhor.

Fiquem com Deus, tenham um domingo abençoado e uma semana cheia de Deus, que nossa Senhora das Graças nos ensina a amar Jesus como ela o amou.

Diácono Artur Pereira

Referencias:

Bíblia tradução Jerusalém

Liturgia Deus Conosco

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