XXVIII Domingo do Tempo Comum

Hoje, com toda a Igreja, celebramos o XXVIII Domingo do Tempo Comum. Neste domingo, nos é colocado a imagem do “banquete” justamente para mostrar-nos que o mundo com Deus, é cheio de felicidade, alegria, amor e fartura, que só encontraremos quando sentamos à mesa do Senhor.

Deus nunca se cansa de chamar, e nos ofertar a salvação, na Primeira Leitura (Isaías 25,6-10a), a catequese mostra-nos a pedagogia de Deus. Ele é o Senhor dos exércitos, que anda à frente do povo, Aquele que nos guia em nossa caminhada de volta às nossas origens, pela qual fomos criados e nos oferece um banquete, em sua casa, que nos alimentaremos do seu amor, do seu cuidado e do seu perdão. Em Isaías (25, 6) nos fala deste banquete “Iahweh dos Exércitos prepara para todos os povos, sob esta montanha, um banquete de carnes gordas, um banquete de vinhos finos, de carnes suculentas, vinho depurados”.   

Acolher o convite de Deus e participar desse “banquete” é aceitar viver em comunhão com Deus.  Dessa comunhão resultará, para o homem, a felicidade total e a vida em abundância, como encontramos na carta de Paulo aos Filipenses 4,19-20, “O meu Deus proverá magnificamente todas as vossas necessidades, segundo a sua riqueza, em Cristo Jesus. E ao nosso Deus e Pai seja a glória pelos séculos dos séculos! Amém”.

Esta abundância poderá passar por provações, mas Paulo nos ensina que se temos nossa confiança em Deus, estas provações nos prepararão para a vitória definitiva, como encontramos em Filipenses 4, 11-13, “Falo assim não por causa das privações, pois aprendi a adaptar-me às necessidades, sei viver modestamente, e sei como haver-me na abundância; estou acostumado com toda e qualquer situação: viver saciado e passar fome: ter abundância e sofrer necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece”. 

O Evangelho escrito por Mateus (22,1-14) está alinhado à passagem da Primeira Leitura, escrita por Isaías. Nele, Jesus conta-nos uma parábola que tem como centro o Reino dos Céus, comparado a uma festa de casamento, Mt 22,2, “O Reino dos Céus é semelhante a um rei que celebrou as núpcias de seu filho” nos versículos seguintes o Rei convida a todos, más o que ouve são e justificativas para não comparecerem à festa no qual estavam sendo convidados, por terem compromissos importantes.

Ele também nos convida e não podemos ficar preocupados com outros afazeres, aceitar e não aceitar este convite é uma questão de prioridade. Nossa prioridade deverá ser a salvação, claro que deveremos batalhar para ter nossas conquistas neste mundo, e isso, Deus não reprova, pois, conquistada com justiça é bênção. O que não pode jamais acontecer, é que estas conquista nos desvie das exigências, que nos proporcione o encontro pessoal com Deus na pessoa de Jesus Cristo.

O Evangelho traz à tona uma realidade que permeia nossa caminhada em nas pastorais, “a falta de compromisso com o sagrado”. Tempo? Depende de opção pessoal! Se queremos fazer uma reflexão aprofundada sobre o tema, sugiro a leitura de Eclesiastes, capítulo 3, em que se inicia no versículo “1” com a seguinte expressão “Há um momento para tudo e um tempo para todo o propósito debaixo do céu ...”

O convite feito a cada um de nós é claro.  Em Mateus 22, 4,  “Dizei aos convidados : eis que preparei meu banquete, meus touros e cevados já foram degolados e tudo está pronto, Vinde as núpcias” , depois te ter o convite rejeitado, a ordem do rei é: “Ide, pois, às encruzilhadas e convidai para as núpcias todos os que encontrardes”, (Mt 22,9).

Esta parábola nos coloca de forma incisiva a necessidade de vivermos a fé com coerência, mantendo os olhos abertos, em vigilância permanente, fazendo uma leitura dos acontecimentos para podermos nos alinharmos ao projeto de Deus, na pessoa de Jesus Cristo, e tomar acento em nosso lugar no “banquete” da festa nupcial, que certamente o Pai reservou.

A parábola conclui com uma advertência que devemos levar a sério, para não sermos expulsos da festa nupcial: “Com efeito, muitos são chamados, mas poucos os escolhidos”, (Mt 22,14).

Tenham um domingo abençoado e uma semana cheia de Deus, que Nossa Senhora das Graças nos ensinem a amar Jesus, seu divino filho, como ela o amou.  

Diácono Artur Pereira

Referencias:

Bíblia tradução Jerusalém

Liturgia Deus Conosco


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