DÉCIMO SEGUNDO DOMINGO DO TEMPO COMUM – A

 

A liturgia deste domingo nos coloca diante de atitudes e posicionamentos dos profetas e sobretudo de Jesus, que deve servir para orientar as nossas ações, vislumbrando trilhar pelo caminho da Iniciação a Vida Cristã, principal orientação da Igreja que deve proporcionar o encontro pessoal com Deus na Pessoa de Jesus cristo nosso Senhor e Salvador:

Está em voga neste domingo as atitudes: Perseverança, Fé, amor verdadeiro, com o enfrentamento de perseguições.

Me valo aqui do Pe. Fábio Evaristo (revista Deus Conosco) para adentrar no mistério revelado deste décimo segundo domingo do tempo comum: “A fidelidade do projeto de Deus está sempre acompanhada de perseguições”

A primeira leitura tirada de Jr 20,10-13, é carregada de simbolismo, vemos aqui um desabafo do profeta, em meio a tanta dor e sofrimento, com um aparente fracasso, é abandonado até pelos amigos próximos. Quantas vezes vivemos a situação de Jeremias, onde bate em nossa porta a desilusão, amargura, incompreensão, o abandono, no entanto, para barrar estes sentimentos e preservar nossa fé, confiança e perseverança devemos fechar esta porta, abrindo outra para Jesus Cristo que caminha conosco e certamente nunca nos abandonara a nossa própria sorte, apesar de nosso pecado, nossa fraqueza e nosso vacilo neste caminho difícil, Jeremias em 20,12-13, com toda sua experiência nos ensina a superar estas dificuldades “Senhor de todo poder, tu que sondas o justo e vês sofrimento e pensamentos eu verei tua vingança contra eles, pois a ti eu entrego minha causa. Cantai ao Senhor! Louvai ao Senhor! Ele salva a vida dos pobres das mãos dos malfeitores...”

A carta de Paulo aos Romanos 5,12-15 reafirma que o poder de Cristo é infinitamente maior a qualquer mal existente na terra, nos recomenda a perseverança a fé e a esperança, para termos paz que nosso coração tanto procura, São João da Cruz nos ensina “Negas teus desejos e encontrarás o desejo de teu coração.” Isso não é fardo, é uma experiência libertadora, sinal de fidelidade, de esperança, sobretudo aos que se encontram em meios a dificuldades.

O Evangelho e hoje segundo Mt 10,26-33, vemos Jesus preparando seus discípulos, e a nós, que somos continuadores de sua missão, a lidar com as perseguições num mundo marcado por propostas contrárias aquelas que devemos anunciar, dentre elas a banalização da vida, da família, o aborto, a ideologia de gênero, a exploração dos pobres, negando-lhes a dignidade. É neste contexto que repetidas vezes ele cita: Mat 10,26 “não tenhais medo dos homes”; Mt 10,28 “Não tenhais medo daqueles que matam corpos”; Mt 10,31 “Não tenhais medo, vós valeis mais que do muitos pardais”. O medo não deve impedir-nos de anunciar a boa nova, medo se deve ter de colocar em risco a própria salvação, e a relação filial que devemos ter com nosso Pai, que não teve medo de enviar seu Filho Jesus Cristo para nos garantir a salvação que se dará através de nossa confiança inabalável em seu projeto salvifico.

As palavras do evangelho também abre nossos olhos para compreender nossa missão, nos fortalece na prática do amor verdadeiro, e nos dar coragem para, na liberdade fazer a opção pelo caminho que nós levará ao encontro pessoal com Jesus Cristo Nosso Senhor, como nos é revelado por Ele de acordo com Mt 10,32-33 “Todo aquele que se declarar por mim diante dos homens, também eu me declararei por ele diante de meu Pai que está nos céus: más todo aquele que me tiver renegado diante dos homens, também eu o renegarei diante do meu pai que está nos céus”.

Encerro aqui, mais uma vez recorrendo ao Pe Fábio Evaristo Resende Silva (Revista Deus Conosco Julho-2023 ano A) “Que nenhum medo, hesitação ou falta de coragem possam nos impedir de cumprir o que o Senhor nos pede”.

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Diácono Artur Pereira

Referencias:

Bíblia, TEB

Liturgia dia a dia Deus Conosco Julho de 2023 – Ano A