DÉCIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM

 


Misericórdia, e não sacrifício.

 Celebramos com toda a igreja o décimo domingo do tempo comum, a liturgia de hoje nos leva a refletir sobre a misericórdia de Deus, que na pessoa de Jesus, mostra sua inclinação ao perdão, a todos que se arrependem e procuram serem iniciados na vida Cristã.

A primeira leitura tirada do livro de Oséias, 6, 3-6, nos chama a conhecer, seguir e amar Jesus com toda a liberdade de um iniciado no seguimento do Caminho, Jesus Cristo nosso Senhor.

Oséias também nos mostra que os rituais externos, que não tenham sinais de amor comprometido com a ação misericordiosa de Deus, não deve nos atrair, pois não favorece a unidade com Deus, como lemos no livro de Os 6,6 “Porque é amor que eu quero e não sacrifício, conhecimento de Deus mais do que holocausto”. Assim a liturgia “Deus Conosco de julho de 2023”, fala da misericórdia em relação a comunhão: “A misericórdia em favor dos irmãos é a manifestação mais concreta da nossa comunhão com Deus”.

A misericórdia é a resposta efetiva e afetiva de Deus para nossa fé, Paulo em sua carta aos Romanos 4,18-25 (Segunda leitura) descreve a fé de Abraão (Pai da fé), que apesar de suas fraquezas e origem (povo poleteista) coloca toda sua esperança aos pés de um Deus desconhecido que lhe propôs uma aliança que tinha como meta a salvação, simbolizada por uma terra que corre leite e mel, (más teria que ser conquistada), e ainda mais uma descendência incontável, Abraão não duvidou, acreditou, como conta Paulo aos Romanos 4,20-22 “Ante a promessa de Deus, ele não se deixou abalar pela desconfiança, mas se fortaleceu na fé, dando glória a Deus, convencido de que ele podia cumprir o que prometeu. “Eis porque isto lhe foi levado em conta de justiça””. A fé de Abraão resvala em toda a humanidade, para que creiamos que a salvação é para todos, assim como a terra prometida deveremos conquistar e tomar posse, Paulo nos ilumina quando escreve: Rm 4,23-25 “Não foi escrito só para ele: - Foi-lhe levado em conta - más também para nós. Para que cremos naquele que ressuscitou dos mortos, Jesus, nosso Senhor, o qual foi entregue pelas nossas faltas e ressuscitado para nossa justificação”.

O Evangelho segundo Mt 9,9-13, nós mostra que a prática de Jesus, confirma que “ELE É” a realização da promessa, renova a aliança feita com Abraão, e segue chamando os pecadores ao arrependimento motivando-os a segui-lo, como fez com Mateus, o cobrador de imposto, um pecador público, como conto o próprio Mateus em 9,9 “Indo adiante, viu Jesus um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhes “Segue-me”. Este, levantou-se, o seguiu.”. Mateus ao segui-lo Inicia sua caminhada a Vida Cristã.

O poder político e religioso na pessoa dos fariseus, protestam, questionando a prática de Jesus quando Ele, chama e \ partilha a mesa com os pecadores, Mt 9,11 “Os fariseus vendo isso, perguntou aos discípulos: ‘Por que come o vosso mestre com os publicanos e pecadores?’”. Jesus com sua resposta desconcertante, más pedagógica, chama a todos aqueles que o questiona a refletirem sobre as doenças do pecado, que só poderá ser curada com o remédio da misericórdia, como escreve Mt. 9,12-13: “Ele, ao ouvir o que diziam, respondeu: ‘Não são os que tem saúde que precisam de médico, más sim os doentes. Ide pois, e aprendei o que significa: Misericórdia é que eu quero, não sacrifício. Eu não vim chamar justos, mas pecadores’”.

Que possamos aprender a lição apregoada pela liturgia deste décimo domingo do tempo comum “Fora da Misericórdia não há Salvação”

Diácono Artur Pereira

Referencias:

Bíblia, tradução Jerusalém

Liturgia Deus Conosco – Julho 2023 - A


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