SEGUNDO DOMINGO – ANO A – 2023

 


Iniciamos este segundo domingo Pascal levando a alegria da ressureição a todos, pois Jesus ressuscitou e está presente em nosso meio, é o início de um novo tempo. Toda a Igreja é chamada a sentir esta alegria, que vem do Espirito vivificante de Deus, na pessoa de Jesus Cristo Nosso Senhor. A comunidade deve ser despertada para uma fé madura que não exige sinais extraordinários para perceber a presença de Jesus. Os únicos sinais a serem observados, é o túmulo vazio, e os gestos e palavras do mestre, que peregrinou entre nós fazendo o bem, servindo a todos, e partilhando seu amor.

A leitura do livro dos Atos dos apóstolos capitulo 2,42-47, Lucas descreve em poucas palavras a atitude daqueles que converte-se ao evangelho e se integraram na missão. “Eles mostravam-se assíduos aos ensinamentos dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e as orações... Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum ... Louvavam a Deus e gozavam da simpatia de todo o povo”. Ninguém passava necessidade, isso é compromisso com o serviço e a partilha

A segunda leitura tirada da carta de 1 Pd 1,3-9, o apóstolo escreve aos que vivem dispersos como estrangeiros que saíram da sua terra em busca de sobrevivência, e que sofriam como migrantes. Pedro os consola mostrando que Deus não se esquece de ninguém, ....Jesus não veio somente para um pequeno grupo ou para uma única nação, Ele veio para todos, e isto é motivo para grande Alegria, as provações existem, más devemos confiar sempre em Deus, pois Ele se manifestará nos últimos tempos. 1Pe 1,7 “A fim de que a autenticidade comprovada vossa fé, mais preciosa do que o ouro que perece, cuja genuidade é provada perlo fogo, alcance louvor, glória e honra por ocasião da revelação de Jesus Cristo”

A passagem do Evangelho escrito por Jo 20,19-31 irá nos iluminar neste segundo domingo do tempo Pascal, João inicia situando a cena no tempo: Jo 20,19 “À tarde do mesmo dia, o primeiro da semana” um domingo, e continuas “estando fechado as portas onde se achavam os discípulos, ‘por medo dos judeus,’ Jesus veio e, pondo-se no meio deles, lhes disse a paz esteja convosco!”.

As portas fechadas evidencia um aspecto negativo (o medo), por outro lado vemos um aspecto positivo, o novo estado de Jesus ressuscitado em seu corpo glorioso, para o qual não existem barreiras, a lição que tiramos deste cena é que independente de nossa dor, nossa tristeza e decepção, Jesus se fará presente para nos consolar trazendo o sholom, a saudação do cordeiro vencedor que como nos narra João, ainda traz em si os sinais de vitória, as marcas nas mãos e no lado. É Dele que a comunidade se alimentara. Jo 20,20 “Tendo dito isso, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos, então, ficaram cheios de alegria por verem o Senhor.”

O encontro pessoal com o Senhor que deve acontecer em comunidade, é presente entre os discípulos, eles que outrora foram tomados de medo, agora é só alegria, fortalecidos pela presença do Senhor, estão prontos para a missão, que deverá sempre ser animada pelo Espirito Santo de Deus.

O Senhor vendo a disposição da comunidade dos apóstolos ele sopra sobre os discípulos: Jo 20,22 “Dizendo isso, soprou sobre eles e lhes disse: ‘recebei o Espirito Santo de Deus’” com isso Jesus, comunica a missão dos apóstolos estendida a cada um de nós, é a recriação do homem novo, tendo como base Gen 2,7 “Então Iahweh Deus modelou o homem com argila do solo, e insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser vivente.”

De agora em diante, batizados no Espirito Santo, os cristãos tem o encargo de continuar o projeto de Deus que é sintetizado por Jesus como escreve, Jo 20,23 “Aquele a quem perdoardes os pecados lhe serão perdoados: aquele as quais retiverdes ser-lhes-ão retidos”

Para completar, a catequese, João descreve o episódio de Tomé que questiona a veracidade da ressureição, certamente para eliminar os conflitos presentes no primeiro século, segundo os quais as testemunhas oculares estariam em um plano superior em relação os que viram não viram pessoalmente o Senhor ressuscitado.

Tomé era um dos doze presente com Jesus antes da Paixão, andou com Ele, ouviu seus ensinamentos, más duvidou. Aqui a catequese de João quer evidenciar que o importante, não é ter estado com Jesus antes de sua morte, e sim viver a vida nova que nasce da ressureição, assumindo o projeto de Deus como opção pessoal.

Mas Tomé nos ensina também a professar uma fé madura, irreparável, firme e consciente quando ele chama o Senhor de Deus, não só o chama más toma posse desse Deus “meu Senhor” que nos ama verdadeiramente, com misericórdia sem fugir da justiça, a profissão de fé de Tomé é a maior prova de amor do discípulo para com seu Mestre, é a maior também do Evangelho de João. É a primeira vez fora do prólogo, que Jesus é chamado de Deus. J0 20,28 “Meu Senhor e meu Deus”

Diácono Artur Pereira

Fontes:

Bíblia tradução Jerusalém

Roteiros Homiléticos Pe José Bortoloni.


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