DOMINGO DE PÁSCOA DA RESSUREIÇÃO DO SENHOR – ANO A - 2023

Aleluia! Aleluia! O túmulo está vazio, Jesus ressuscitou, com muita alegria vamos celebrar a ressureição, a garantia que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressureição de Cristo nosso Senhor é o exemplo concreto que confirma tudo isso, a vitória definitiva sobre a morte.  

A primeira leitura tirada do livro dos Atos dos apóstolos 10, 34a 37-43, Pedro toma a palavra e testemunha as ações de Jesus, “o ungido”, que tem o poder vindo de Deus: At 10,38 “como Deus o ungiu com o Espirito Santo e com poder. Neste Anuncio ecoa o “Kerigma” primitivo, que nos chama a testemunhar este Jesus que passou na terra fazendo o bem, curando os doentes e mostrando em seu rosto humano o rosto divino de Deus.  

Para testemunhar este Deus que se fez homem igual a nós menos no pecado, com sua natureza divina e humana, fora do tempo cronológico, sem presenciar o tumulo vazio, é imperativo que façamos todos os dias a experiência do Senhor ressuscitado, que deverá estar vivo e que caminha conosco, ao nosso lado, as vezes até nos carregando no colo do amor e da correção fraterna e termos como missão levar a palavra de Deus a todos aqueles que estão em nossa volta, tendo como parâmetro principal Jesus Cristo que veio para servir e não para ser servido. Testemunhar esta realidade, é nossa missão. No entanto nosso testemunho será estéril, vazio se não for comprovado pelo amor serviço, e doação, “a marca registrada de Jesus nosso Senhor e Salvador”. 

O Evangelho que a igreja nos apresenta para nossa reflexão de hoje, Jo 20, 1-9 inicia-se colocando a ressureição no tempo cronológico, mas nos indicando sobretudo uma chave de entendimento teológico: “no primeiro dia da semana, um domingo”. Significa que começou um novo ciclo – o da nova criação, o da Páscoa definitiva. Aqui começa um novo tempo, o tempo do homem novo, que nasce a partir da doação de Jesus. 

Para adentrarmos no mistério aqui revelado pelo Senhor, João Evangelista coloca em voga 3 personagens: Maria Madalena; Pedro; o outro discípulo (o discípulo que Jesus amava). 

Maria Madalena, que representa as comunidades que nasceram da ação criadora e vivificante de Jesus, mas ainda muita imatura na fé, foram testemunhas, dos milagres, ouviram os ensinamentos do mestre acompanharam a crucificação o sepultamento de Jesus mas, quando viram o tumulo vazio foi tomada por um sentimento de dúvida, desespero, desorientação, insegurança e medo, então correram ao encontro de Pedro e outro discípulo (o discípulo que Jesus amava) levando a notícia que a pedra havia sido rolada, o tumulo estava vazio. Jo 20, 2 Corre então e vai a Simão Pedro e ao outro discípulo, que jesus amava, e lhes disse: ‘Retiraram o Senhor do sepulcro e não sabemos onde colocaram’. Se avançarmos um pouco na leitura até o versículo “18” poderemos constata, que Maria ao fazer o encontro pessoal com Jesus ressuscitado, ela volta aos apóstolos e dar uma testemunho firme, confiante e convicta; Jo 2,18 ““ o Senhor”, e as coisas que ele disse”.  

Os dois outros personagens são Pedro e o outro discípulo (o discípulo que Jesus amava), que também vai ao sepulcro quando recebem a notícia que a pedra havia sido rolada e o túmulo estava vazio. O versículo 4 do capitulo 20 de João nos chama a atenção para um detalha importante: “Os dois corriam juntos, más o outro discípulo, correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro.”  Vejam a riqueza neste detalhe que podemos tirar muitas lições. 

O discípulo que Jesus amava, revela sua fidelidade em sua caminhada, sempre presente ao lado do Mestre, um dos poucos que permaneceu ao lado de Maria aos pés da cruz, diante do sofrimento e entrega de Jesus, fazendo assim a experiência do amor pleno em sua vida, sem questionar, acredita na ressureição Jo 20,8 Então entrou também o outro discípulo que chegou primeiro ao sepulcro: e viu e creu”. A pressa do discípulo amado, que revela sua fidelidade, testada aos pés da cruz do Senhor, revela a experiência do amor de Jesus em sua vida, logo acredita na ressurreição, por isso podemos afirmar que este discípulo tem um nome; “o discípulo amado”, certamente para dizer que este discípulo, pode ser um de nós, que não acredita que a morte tem a última palavra. Na cruz Jesus vence a morte dividindo esta vitória com todos os discípulos amados. 

Na corrida ao túmulo enxergamos o desanimo de Pedro que, correu ao lado do discípulo amado, mas não chegou junto, não por ser o mais velho, (o texto não coloca isso), más entendemos que Pedro estava triste, abatido, sofrido a até mesmo decepcionado o que dificultava a crer da ressureição, tomado por estes sentimentos, não consegue acompanhar o discípulo amado, que para na entrada do tumulo e espera Pedro, em uma atitude de companheirismo e respeito, foi então que Pedro ao adentrar no tumulo, pode testemunhar que o tumulo estava vazio, com claros sinais da ressureição, Pedro então é tomado por uma nova atitude, recupera a fé, deixando para traz tudo que o impedia de acreditar na ressureição, e segue na liderança dos apóstolo e da Igreja, até os tempos atuais, sendo guardião da fé apostólica, tudo isso pelos méritos de Jesus Cristo Nosso Único Salvador.  

Me valo aqui das palavras do Padre Almerindo da Silva Barbosa que faz um resumo formidável do Evangelho proclamado hoje. 

Assim, podemos resumir o Evangelho de hoje dizendo que ao encontro do ressuscitado todos nós vamos. Uns caminham mais rápido, outros mais devagar. O importante é que todos que se dispõem ir ao encontro do Senhor ressuscitado fazem essa experiência profunda de contemplar a vida nova, através da ressurreição. Quem chega primeiro é preciso ter paciência. Cada um tem seu tempo e caminha, de acordo com os passos que podem dar, mas chegará. Para uns demandará mais tempo. Para outros menos tempo. O importante é não se perder no caminho e seguir a direção do túmulo vazio e, ao chegar, ver, acreditar e proclamar de que “Ele não está aqui. Ressuscitou! 

 

 

Diácono Artur Pereira 

Fontes: 

Bíblia tradução Jerusalém 

https://www.blogdacatequese.com.br/post/reflex%C3%A3o-do-evangelho-domingo-da-ressurrei%C3%A7%C3%A3o-jo-20-1-9 

  

 

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