34º DOMINGO DO TEMPO COMUM - SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO - ANO C



Hoje com toda a Igreja iremos celebrar a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. 


A palavra de Deus, nesta festa, último domingo do ano litúrgico, convida-nos a olhar para a realeza de Jesus, que deve ser compreendida, não da maneira como era esperado, um rei que liderava com o olhar para o poder político, religioso e militar, que facilmente transforma-se em tirania, más como uma realeza que governa, tendo como projeto a salvação do homem, que só poderá ser realizada, no amor, no perdão, no dom da vida e sobretudo no serviço. 


Para entendermos melhor a mensagem deste domingo e compreender o Senhorio de Jesus Cristo Rei do Universo, façamos uma passagem pelo livro 2Sm 5,1-3 (primeira leitura) que mostra a expectativa do povo ao encontrar Davi, (2Sm 5,1) “Então todas as tribos de Israel vieram a ter com Davi em Hebron e disseram: “vê! Nós somos dos teus ossos e da tua carne” Davi é recepcionado como um verdadeiro rei aquele que veio para apascenta o povo como um verdadeiro líder que iria trazer a unidade para Israel, no entanto, conheceu, também tudo aquilo que caracterizava um reinado humano: tronos, riquezas, batalhas, injustiças, intrigas, luta pelo poder dentro do reino, assassínio, corrupção e muitas outras mazelas e esquemas que não caberão na lógica de Deus. 


Evangelho coração da palavra de Deus, segundo Lucas 23, 35-43, nos mostra a verdadeira missão de um rei “Jesus Rei do Universo”, restaurando a missão de Davi, Ele (Jesus), condenado a morte e morte de cruz, mostra a injustiça e a maldade de uma sociedade que buscava o poder, pelo poder, Ele (Jesus) não está sentado em um trono, e como se não bastasse rodeado de soldados que o escarnecem, não há aqui portanto nem um sinal de realeza, fora a inscrição acima de sua cabeça, que ironicamente  o apresentava como Rei: (Lc 23,38) “E havia uma inscrição acima dele: ‘Este é o Rei dos Judeus’”. Esta inscrição, irônica aos olhos dos homens, descreve com precisão cirúrgica a condição de Jesus nas perspectiva de Deus: “Ele é o Rei” sim o nosso rei que preside do alto da cruz a um “Reino” de serviço, de amor de entrega que segue o projeto salvifico, pelo qual Ele deu a própria vida.  

É através desta quadro apresentada hoje por Lucas, que se pode, ler e entender a lógica do reino de Deus, que Jesus está nos propondo. 


Pois bem meus irmãos, para melhor refletir esta festa de “Cristo Rei do Universo” eu completo esta reflexão me valendo dos Dehonianos, pois de suas reflexões brotam pérolas, que nos leva ao encontro pessoal com Jesus Cristo Rei nosso rei e salvador. “O quadro é completado por uma cena bem significativa para entender o sentido da realeza de Jesus… Ao lado de Jesus estão dois “malfeitores”, crucificados como Ele. Enquanto um O insulta (este representa aqueles que recusam a proposta do “Reino”), o outro pede: “Jesus, lembra-Te de mim quando vieres com a tua realeza”. A resposta de Jesus a este pedido é: “hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. Jesus é o Rei que apresenta aos homens uma proposta de salvação e que, da cruz, oferece a vida.  Na cruz manifesta-se plenamente a realeza de Jesus que é perdão, renovação do homem, vida plena; e essa realeza abarca todos os homens – mesmo os condenados – que acolhem a salvação.” 

É nesta linha catequética que Paulo em sua carta aos Colossenses (1,12-20) fala da liberdade, que só encontramos quando estamos ligados ao Senhor Jesus, ou quando ao menos procuramos nos ligar a ele, olhando para Jesus como imagem de Deus que se fez homem igual a cada um de nós, menos no pecado, mostrando o rosto divino de Deus no rosto humano do homem. 


E para finalizar eu quero fazer uma releitura das características de “Cristo Rei do Universo” tendo como base, a carta de Paulo aos Colossenses, capitulo 1. 

V 15: Ele é a imagem do Deus invisível o primogênito de toda criatura. 

V 16: “Trono, Soberanias, Principados, Autoridades, Tudo foi criado por Ele e para Ele.” 

V 18: “Ele é o Cabeça da Igreja.” 


O Papa Pio XI (1922-1939) iluminado pelo Espirito Santo e Vendo as calamidades que se instalava no meio da humanidade, inspirado no Evangelho e toda pedagogia de Deus para restaurar a humanidade resolve em sua ”Carta Encíclica Quas Primas”  em 11 de novembro de 1925 estabelecer a Solenidade de “Cristo Rei do Universo”, com a seguinte introdução:  


Na primeira encíclica, que enviamos a todos os bispos do mundo católico no início do nosso pontificado, analisamos as causas supremas das calamidades que vimos assolar e afligir o gênero humano. 


E nela proclamamos claramente não só que este acúmulo de males havia invadido a terra, porque a maioria dos homens havia se distanciado de Jesus Cristo e de sua santíssima lei, tanto em sua vida e costumes como na família e no governo. do Estado, mas também que nunca brilharia uma certa esperança de verdadeira paz entre os povos enquanto os indivíduos e as nações negassem e rejeitassem o império do nosso Salvador. 

 Fiquem com Deus e que Ele o Rei do Universo nos proteja por toda a eternidade 

 

 

Diácono Artur Pereira 

Fontes: 

Bíblia tradução Jerusalém 

https://www.vatican.va/content/pius-xi/es/encyclicals/documents/hf_p-xi_enc_11121925_quas-primas.html 

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