Reflexão do 16º Domingo do tempo comum - Ano C



Hoje com toda a igreja iremos refletir o décimo sexto domingo do tempo comum, onde o temos como ordenança a palavra” acolhimento.” 


Na primeira leitura tirado do livro do Gênese ouvimos que Abrão está em seu acampamento ao meio dia em um dia muito quente, quanto levantou os olhos e viu três homens. 


Abrão levanta-se e acolhe aqueles homens como se fosse o próprio Deus, envolve os empregados, sua esposa para dar-lhes pão e água uma refeição sóbria afim de revitalizar as forças dos visitantes, más que se transforma em um banquete especial. 


Abrão age desta forma porque está convencido de que acolher as pessoas é acolher o próprio Deus. Isto estava enraizado na tradição Judaica, inclusive o tratamento usado por ele naquele momento foi “meu Senhor”. Na sequência do texto nós vimos que depois de visitar Abraão os homens seguiram para Sodoma, cidade que não deram o acolhimento devido, tendo como consequência a destruição, constituindo o maior erro daquele povo. 


Abrão é o homem a qual Deus promete terra e descendência. Más até o momento presente está sem filho e sem-terra. Ele precisava aprender a ser dom para os outros a fim de acolher o Dom da vida que Deus lhe faz através das pessoas que ele hospedava. E para isso tem que estar desperto, vigilante, pois o Senhor aparece de forma misteriosa nos acontecimentos, nas visões nos sonhos e sobretudo nas pessoas, a qualquer hora inclusive nas horas em que de aflição, de alegria e festa, de dor, de doença ou até mesmo nas horas dedicamos nossos momentos de nossa vida ao descanso pessoal, como foi o caso de Abraão. 


Que nós possamos valorizar o acolhimento, tendo como exemplo a experiência de Abraão, ele que foi agraciado com a notícia do retorno em um ano onde a promessa iria se realizar. 

Tudo isso é confirmado no Evangelho de hoje onde Jesus é acolhido na casa de Marta e Maria. Ele em sua caminhada para Jerusalém nos ensina que acolher é comtemplar unido a ação diária da lida. 


As duas mulheres do Evangelho acolhem Jesus de forma diferente, uma está aos seus pés ouvindo sua palavra, internalizando e fazendo o que o Mestre chama de melhor parte e necessária, mas sem as preocupações com a ação do trabalho deixando isso para a outra que estava preocupada com tantas coisas, e não parava para fazer a experiência de ouvir os ensinamentos do mestre. 


Em nossa caminhada devemos saber dividir a contemplação e ação, uma não subsiste sem a outra, devemos sim, ter um pouco de Marta que coloca a mão na massa, que prepara a casa do senhor, mas também ter um pouco de Maria que aos pés do Mestre ouve a palavra e internaliza. 


Jesus em sua pedagogia nos ensina que o equívoco de marta constitui em querer demonstrar hospitalidade nos exercendo o ativismo sem acolher o dom de Deus, que se fazia presente em sua casa na pessoa de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. 


Que cada um de nós escolha a melhor parte que é receber, ouvir, comtemplar as palavras do Mestre para depois na luta diária colocar em prática o que internalizou dos ensinamentos do Mestre quando o contemplava aos seus pés. 

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