18º Domingo do Tempo Comum



Hoje com toda a Igreja celebramos o décimo oitavo domingo do tempo comum e neste domingo o tema dominante é a ganância que impossibilita a vida de relacionamentos com os irmãos e consequentemente com Deus. 


Nosso Deus é o Deus da vida, aquele que deseja que a salvação alcance a todos. Todavia, num sistema social como o nosso, onde as riquezas são concentradas nas mãos de poucos, a fome, a necessidade e a ganancia vão sufocando o povo tornando sua vida insuportável. 


Na Eucaristia Jesus nos diz: “Tomai e comei, tomai e bebei todos”.  Expressa que seu corpo e seu sangue deverá ser partilhado com “todos” e esta partilha deve ser bem aparente em nossas comunidades, para que todos entendam que devemos lutar por uma sociedade igualitária, justa e fraterna, sinal de comunhão plena entre Deus e suas criaturas. 


A primeira leitura tirada do livro do Ecl 1,2; 2,21-23 que compõe a liturgia deste domingo, não falam de Deus. Aliás o livro fala pouco de Deus. Por quê? Deus estaria ausente? Eu digo que não, pois ele esteve e estará sempre presente nos anseios do povo que luta por uma vida digna que resume em emprego, moradia, saúde, segurança, lazer onde todos possam está desfrutando do produto de seu trabalho, o resto é como o autor descreve “Vaidade das vaidades, diz o Eclesiastes, vaidade das vaidade tudo é vaidade”  


A grande lição que devemos aprender e vivenciar o que nos ensina o texto de hoje é: “A felicidade é poder usufruir plenamente dos frutos do trabalho, pois esse é dom que Deus entrega nas mãos de todos” tomem posse. 


A segunda leitura tirada do livro da carta aos Cl 3,1-5.9-11 já nos introduz no espirito do evangelho quando nos chama a fazer a opção por Deus e sua justiça, pois as coisas terrenas que não estão voltadas para Deus, ou seja a mentira, a impureza, a paixão e a cobiça tudo é vaidade tudo é idolatria e nos escraviza na potência do pecado, na potência das trevas e na potência da lei. A liberdade só encontraremos em Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. 


Para nos chamar a reflexão e ao discernimento, Jesus nos conta uma parábola para nos alertar que acumular bens é um sinal de ganancia, egoísmos, loucura e falta de compromisso com o reino de Deus. 


O que fazer então para superar estes gestos que nos afasta de Deus? O próprio Jesus responde no versículo 31 deste mesmo capitulo. “...buscai o seu reino, e essas coisas vos serão acrescentadas” assim a mensagem que fica é que, o reino de deus é a vida que se manifesta na partilha de tudo que temos e de tudo que somos. 


E para concluir me valo de Santo Ambrósio (século IV) ele nos ensina que todos os tesouros acumulados, e que todas as coisas do mundo pertence ao mundo e nos abandonam quando partimos. Semente a virtude e a misericórdia nos servem de companheiras e guia até a mansão celeste. 


Que a misericórdia a virtude o amor e o perdão nos acompanhe nesta semana.   


Diácono Artur Pereira

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