Vivamos a Quaresma pelos pilares da oração, jejum e caridade
Quaresma é o tempo de
reflexão em que retiramo-nos para avaliar a caminhada, aprender com os erros,
fortalecer nossa vida como missionários da vinha do senhor, em vista da Páscoa,
que é o ponto central de nossa vida.
Na quaresma, iniciada nesta
quarta (02 de março e término em 14 de abril) celebramos a instituição da
Eucaristia, em que os Presbíteros renovam suas promessas sacerdotais e os
leigos, suas promessas batismais.
Quaresma (40 dias) é o momento
em que todos os cristãos se prepararam para a Páscoa, tendo como base, três
pilares. A Oração, Jejum e Esmola ou caridade. Eles devem sobretudo nos
aproximar da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, através da unidade dos
irmãos, sendo presença e presente de Deus na vida dos mais necessitados,
colocando seus dons a serviço do reino de Deus.
Se observarmos a caminhada do
povo de Deus, constatamos que toda quaresma é predecessora da Graça:
- 40 dias de dilúvio da Arca de Noé;
- 40 dias de Moisés no Monte Sinai;
- 40 dias de Jesus no deserto, antes do
início do seu ministério;
- 40 anos de peregrinação do povo de Israel
no deserto.
Cerca de duzentos anos após o
nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com
três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350, a Igreja aumentou
o tempo de preparação para quarenta dias e foi assim que surgiu a Quaresma.
Durante a Quaresma a Igreja
veste seus ministros com a cor roxa, a qual dá um sentido penitencial, onde
nossa caminhada passa pelo sofrimento da cruz, mas com o propósito da ressureição,
onde a vida vence a morte na pessoa de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Práticas Quaresmais: Oração;
Jejum e Esmola.
A oração é ponto indispensável
da prática cristã em todos os momentos de nossa vida. É através da oração pessoal
e comunitária (de preferência silenciosa) que nos aproximamos do Senhor,
ouvindo mais que falando, agradecendo mais que pedindo.
Jejum (mortificação), é a
prática que nos confunde muito. Às vezes chegamos a pensar que devemos praticar
com grandes coisas, grandes jejuns. Todavia ela é feita de pequenas coisas, que
alegrarão o coração de Deus Ela nos ajuda a viver o desapego e o desprendimento
daquilo que nos liga ao mundo e aceitar com alegria todas as diversidades que
nos chega através de Jesus Cristo. O jejum não pode ser confundido com a
abstinência. As pessoas com idade de 18 a 59 anos devem fazer uma refeição
forte. Também não é recomendado para pessoas doentes ou que estão em tratamento
médico. Por outro lado, é recomendado
para os maiores de 14 anos de idade. A abstinência, embora proíba o consumo de
carne, não se aplica ao consumo de ovos, leite e qualquer condimento feito a
partir de gordura animal.
Quando São Leão Magno fala da
caridade (esmola), ele diz que se desejamos chegar à Páscoa santificados em
nosso íntimo, devemos pôr-a em prática. A caridade é o amor ao próximo, tendo
misericórdia como virtude que cobre abundantemente nossos pecados. São João Paulo II explica que o chamado a dar
“está enraizado no mais profundo do coração humano: toda pessoa sente o desejo
de colocar-se em contato com os outros e se realiza plenamente quando se dá
livremente aos demais”.
Que o Senhor, nos ajude nas
práticas quaresmais para que possamos vivenciar este período tão rico, nos
preparando para a Páscoa do Senhor e nossa, que deve ser a razão de nossa
existência.
Deus os abençoe e vos guarde.
Texto: Diácono Artur
Carlos Pereira
Edição: Karine Rocha
PASCOM
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