Jesus é revelado no cenáculo


Nesta terça-feira, sétima semana do Tempo Pascal, após a Ascensão do Senhor, a igreja em todo mundo festeja São Felipe Neri, o santo que é caracterizado pela alegria, fruto da união com Deus e seu bom humor. Vamos refletir o Evangelho de João, capítulo 17, versículo 1 a 11. Indico que entre em clima de oração e faça a leitura indicada, antes de ler esta reflexão.

Como chave da leitura do evangelho de hoje, convido-vos a voltar ao prólogo de João, onde ele faz a seguinte afirmação: “Ninguém jamais viu a Deus, Deus filho único, que está no seio do Pai, no-lo revelou” (Jo 1,18).

Pois bem meus irmãos(as), nesta passagem, o cenáculo se torna o lugar onde Jesus se revela, mostrando a intimidade do seu coração e o amor verdadeiro que ele tem por cada um dos seus. Ele mostra também sua intimidade com o Pai. É o seu coração que pulsa no mesmo ritmo do Pai em uma oração íntima, que nos chama também a sermos admitidos nesta intimidade, é como cada um de nós, pelo poder e vontade de Deus em Jesus, também participássemos deste momento de oração em que nos torna um com Deus, como descreve João: “[...] para que sejam um como nós somos um, eu neles como tu em mim, para que eles cheguem a unidade perfeita” (Jo 17,22-23). É exatamente nestes versículos que vemos o chamado de Jesus para orarmos pela unidade dos cristãos, ponto alto de reflexão durante toda a semana em curso.

O olhar de Jesus se volta em direção ao céu, não que o céu fosse um lugar que estaria no alto, más porque Jesus é conhecedor de nosso coração, e ele sabe das nossas limitações. Com este gesto sacerdotal ele nos mostra que a glória de Deus está acima de qualquer coisa, e que precisamos reconhecer nossas limitações, para transformar nossas orações de pedintes, em momentos de agradecimentos e glorificação a Deus, que com todo amor nos acolhe, nos consola e nos perdoa. “Jesus ergueu os olhos para o céu e disse: Pai, é chegada a hora, glorifica o teu Filho, a fim de que teu Filho te glorifique [...]” (Jo 17, 1).

Jesus, nesta oração, também nos fala que a vida eterna depende da ação de cada um e, principalmente, do conhecimento de Deus por meio da ação de Jesus. Ninguém pode amar aquele que não conhece, portanto busquemos conhecer a Deus através da prática da caridade, do amor ao próximo, da tradição da Igreja e da leitura orante de sua palavra. “Ora, a vida eterna é que te conheçam a ti, o único verdadeiro Deus, e aquele que enviastes, Jesus Cristo” (Jo 17,3).

Jesus, o sacerdote por excelência, intercede junto ao Pai e pede por cada um daqueles que acreditam Nele como único e verdadeiro salvador, justamente pelo objetivo fundamental de sua missão, dar compreensão aos seus para que sejam guardados de todo mal, revelando assim em toda sua plena humanidade a divindade de Deus, que se apresenta aos seus como a trindade: Pai a quem ele se dirige; Filho que é o próprio Jesus com sua natureza divina e humana, mas que tem a mesma substancia de Deus: “[...] eu saí de ti [...]” (Jo 17, 8); Espírito Santo o Paráclito que iluminará o mundo nos trazendo toda verdade, transformando homens simples e sem formação pedagógica rabínica, em homens cultos, envolvidos pelo poder da cura e libertação. E, que, transforma tudo isso em ensinamentos, e mais, chama-nos a sermos como eles apóstolos e missionários do pai.

Por fim, em sua oração intercessora, Jesus roga por cada um, que somos propriedade do Pai (por opção pessoal), pedindo que sejamos guardados de todos os males deste mundo, “[...] Eles eram teus, a mim os destes, [...] Eu rogo por eles; [...] eles são teus, e tudo que é meu é teu, bem como tudo que é teu é meu, [...] eles permanecem no mundo, [...] Pai santo, guarda-os em teu nome, [...]” (Jo 17, 6-11).

Sejamos todos de Deus na pessoa de Jesus Cristo nosso Senhor.
Que a benção de Deus Pai todo Poderoso, rica em misericórdia, desça sobre você e sua família, e que a Semente da Caridade cresça e frutifique em sua vida e de sua família.




Referencias bíblicas: Tradução TEB*
Liturgia diária Igreja em Oração, nr 65, CNBB*

Diácono Artur Pereira
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Arquidiocese de Teresina
Revisor: Wellington Fabricio

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