HOMILIA: Padre Chagas diz que somos chamados a partilhar não somente o pão, mas também nossa esperança


“Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom; eterna é a sua misericórdia!”

 Com esta resposta do Salmo 117, o Padre Francisco das Chagas Martins, pároco da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, deu início a sua homilia na Celebração da Santa Missa no 2º Domingo da Páscoa, 19, ressaltando que este é também conhecido como o Domingo da Misericórdia, afim de que possamos olhar quão grande, eterna e sem limite é a misericórdia de Deus, pois se estende a toda a humanidade especialmente aos que abraçaram a fé no Senhor.

Foto: Imagem de Jesus Misericordioso à esquerda. O raio pálido significa a água que justifica as almas; o raio vermelho significa o sangue que é a vida das almas.

Na liturgia deste domingo, os textos bíblicos nos trazem sinais que podem ser atualizados nos dias que estamos vivendo. Logo na primeira leitura retirada dos Atos dos Apóstolos, capítulo 4, versículos 42 ao 47, vemos que os apóstolos de Jesus ao abraçarem a fé aprenderam também a partilharem os seus bens.

Neste sentido, o pároco recorda que neste tempo de pandemia mundial, seguindo as orientações das autoridades da saúde para permanecermos em nossas casas, somos chamados como famílias cristãs para partilhar não somente o pão, mas nossas experiências de vida, nossas lutas, angustias, medos, mas acima de tudo partilhar a esperança.

Foto: Pe. Chagas Martins

Esperança essa, presente na Segunda Leitura retirada da Primeira Carta de São Pedro, capítulo 01, versículos 03 ao 09, em Jesus nascemos para uma esperança viva. Assim, compreendemos que o desejo de Deus para toda humanidade em Jesus é que sejamos salvos mediante a nossa fé “que para ser provada como verdadeira precisa, semelhante ao ouro, passar pelo fogo”.

Fortalecidos nesta mesma fé podemos entender sobre a Ressurreição de Jesus proclamado no evangelho. O sacerdote assegura que o Evangelista João nos traz detalhes importantíssimos para compreender o relato do evangelho de hoje. Assim como Jesus ressuscitado entra na casa em que os apóstolos estavam reunidos por medo dos judeus por tudo aquilo que aconteceu com o Mestre, assim se realiza o mesmo em nossas casas. Jesus continua adentrar nossas casas, lares e famílias.

Outro momento de destaque no Evangelho é quando Jesus nos diz: “A paz esteja convosco!”.  Esta mensagem é apresentada por São João três vezes. A paz tem o mesmo significado de misericórdia. A paz também quer dizer transformação, Jesus deseja que esta transformação aconteça na vida dos seus apóstolos. Por isso Jesus nos apresenta a paz, e ao mesmo tempo pelo soprar do Espírito Santo, Ele nos dar a sua paz. Dessa forma, os apóstolos transformados, saem ao encontro de outras pessoas para levar a paz de Jesus.

Foto: Rito Eucaristíco.

Neste Domingo da Misericórdia, peçamos ao Senhor que nos dê a sua paz, para que transformados sejamos chamados e enviados em missão, pois, quem de fato realiza essa transformação é o próprio Senhor.

Encerrando sua reflexão na celebração transmitida ao vivo em nossas plataformas digitais, Padre Chagas recorda que Tomé ao voltar para junto dos demais discípulos e escutar o testemunho de que viram o Senhor, vemos nele que se havia perdido a fé a esperança, por está com o coração ferido pela dor. Mas é importante lembrar que Tomé foi aquele que dissera: “Vamos com Jesus, para morrermos com ele.” (João, 11, 16). O Senhor aparece a Tomé que proclama uma grande profissão de fé que rezamos até hoje: “Meu Senhor e meu Deus!”

Louvado Seja nosso Senhor Jesus Cristo!



Texto: Júlio Rodrigues
Fotos: Karine Rocha
PASCOM

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