Arquidiocese explica processo de transferências de padres


Foto: Arcebispo Metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Brito. Reprodução.

Até março de 2019 dezoito padres e seis diáconos do clero Arquidiocesano serão transferidos para novas paróquias, diaconias territoriais e/ou áreas pastorais. O anúncio é do Arcebispo Metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Brito. De acordo com ele, a decisão é a favor da evangelização e serve “para atender as necessidades da Diocese como forma de contribuir e incrementar melhor a vida cristã de determinada região”, explica.
O processo de transferência tem como objetivo ainda construir uma nova relação de fé em favor da Igreja e do Reino de Deus. Tudo pela disposição de serviço à Igreja e onde for necessário. Nestes casos, como estabelece a Igreja, “se o bem das almas ou a necessidade ou a utilidade da Igreja exigirem que o pároco seja transferido de sua paróquia, que dirige com eficiência, para outra paróquia ou para outro ofício, o Bispo proponha-lhe a transferência por escrito e o aconselhe a consentir, por amor a Deus e às almas” (Cân. 1748).
No que se refere aos clérigos aceitarem as transferências, este é um sinal de maturidade vocacional, como também de unidade. Afinal, como bem destaca Dom Jacinto Brito, padres e diáconos fizeram votos de obediência ao bispo diocesano e a seus sucessores no dia de suas ordenações.
“Os padres e diáconos fazem votos de obediência ao bispo e são, portanto, colaboradores do bispo. A autoridade dos padres e diáconos é exercida em nome dele. Por isso, o Bispo lhe dá uma provisão, uma nomeação por um tempo determinado para cuidar de certos lugares ou setores da vida da diocese. Ao padre cabe o exercício da função em nome do Bispo e em comunhão com ele. Ao findar o tempo, este fica sem nomeação e naturalmente espera uma nova nomeação. Pode ser reconduzido ao cargo, mas pode também ser transferido de acordo com as necessidades da Igreja. Às vezes o Bispo precisa compor uma equipe ou solucionar um problema em uma determinada paróquia ou área e sabe que aquela pessoa pode enriquecer com o dom que ela tem”, esclarece.
As necessidades da Diocese, as ponderações do Conselho Presbiteral; a confiança na Graça de Deus e a força da oração; tudo isso sustenta o Bispo e o coloca em posição de certeza para promover as transferências. Claro que de acordo com seu discernimento, estas devem ser marcadas pela missão de colaborar. “Transferência não é castigo. O Papa transfere os Bispos. Eu mesmo já fui transferido várias vezes. O Papa acha que tal Bispo deve ser transferido para tal lugar e transfere. Às vezes as mudanças são para outro país”, pontua.
Quanto aos padres e diáconos cabe ao Bispo fazer essas transferências. Os párocos normalmente são nomeados por seis anos. Ao findar esse período o pároco fica sem provisão e, portanto, não está mais destinado àquela paróquia. “A não ser que o Bispo lhe dê outra provisão. Mas diante dessa conjuntura fica sem função. Quanto aos vigários paroquiais e administradores paroquiais, o Bispo determina o tempo que for conveniente conforme a necessidade da Igreja e o discernimento do pastor. Tudo isso, é importante que se diga, não ocorre por um capricho pessoal do Bispo. É sempre em vista do bem e do conjunto da diocese”, justifica.
E a razão é que a Igreja é um corpo e como tal está em contínuo movimento. É uma Igreja em saída e que está a serviço da evangelização. Então para atender as necessidades da Diocese o bispo distribui as forças vivas. Sejam ministros ordenados, diáconos e padres, recursos financeiros ou o incentivo à instalação de movimentos leigos. Podemos ainda citar a presença de institutos religiosos masculinos ou femininos.
“Critérios de saúde também são considerados. Às vezes o padre é transferido para substituir um outro que está doente. Às vezes acontece de pessoas ficarem desagradadas quando se retira um padre que elas gostam. Mas não são tão honestas ou apressadas para elogiar os padres que recebem e que dão certo. Ficam calados. Vale nesses casos também os agradecimentos pelas bênçãos. É preciso esperar, cooperar, ajudar no ministérios. Transferência não é remoção ou afastamento. O Papa remove cardeais, por exemplo, por uma falta grave moral. Nesses casos há o afastamento das funções”, esclarece Dom Jacinto Brito.
Portanto, tendo em vista o bem estar pastoral e espiritual do povo de Deus, o compromisso é para com uma Igreja missionária. Assim, a Arquidiocese de Teresina, através do Arcebispo esclarece a toda comunidade Diocesana e pede que as transferências sejam acolhidas com carinho.
“É melhor esperar para ver do que falar antes de ver. É melhor não fazer julgamento e deixar que o tempo mostre aquela pessoa que a Igreja destinou para aquele lugar. Quando o Papa Francisco foi nomeado, ninguém o conhecia. Poucos sabiam sobre o sucessor de Pedro. Hoje o mundo inteiro o aplaude. Então, que a oração, compreensão e fé acompanhem as transferências”, diz finalizando Dom Jacinto Brito.
Fonte: arquidiocesedeteresina.org.br

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