COMO A DEVOLUÇÃO DO DÍZIMO AJUDA NA IGREJA?

Muitos fiéis questionam sobre a importância do dízimo para a Igreja. Se ele é obrigatório? Que tipo de ações são realizadas através da doação do dízimo? Mas antes das dúvidas, de acordo com o coordenador de Pastoral do dízimo da Arquidiocese de Teresina, Giovani Gonçalves, mais importante do que a explicação para a existência do dízimo, é a compreensão e o seu significado. “O Dízimo é a forma que o ser humano tem para expressar a sua gratidão a Deus, por tudo aquilo que Deus lhe oferece com seu infinito amor e de forma gratuita”, define.
E foi motivado por essa explicação que o programa “Em tuas Mãos” exibiu essa semana uma entrevista com o coordenador arquidiocesano do dízimo, Giovani Gonçalves, que iniciou sua entrevista explicando que “quando Deus nos criou com seu infinito amor, foi para sermos felizes e cercados de tudo aquilo que necessitamos para nossa subsistência. O ser humano, ao perceber que tudo aquilo que  tem ao seu redor foi Deus que providenciou, numa atitude livre, expressa essa gratidão à Deus”explica.
Quando questionado sobre a obrigatoriedade do dízimo, Giovani lembrou uma passagem bíblica: “Quando Abraão, ao empreender uma batalha e obter uma vitória, percebe que tudo aquilo que aconteceu diante do número de pessoas que ele dispunha e do número bem superior que eram os seus adversários, percebe que houve uma intervenção de Deus e como forma de gratidão pega tudo que tinha conseguido junto aos seus adversários e vai lá e oferta aos sacerdotes. E a partir daí Deus vai ordenando o sentido real do dízimo”, reforça.
Lembrando que os três sentidos do dízimo são: religioso, missionário e social. Diante de mais uma passagem bíblica fica fácil entender quando Deus diz no livro de Deuterônio: “Devolva integralmente na casa sob a qual habita o meu nome”. De acordo com o coordenador da pastoral do dízimo, fica claro nessa citação que “a intenção é não deixar faltar o necessário para o sustento dos levitas, que são os filhos descendentes de Levi, responsáveis pela administração do templo e, portanto, os sacerdotes”.
Dessa forma, fica claro que Deus não precisa daquilo que já é seu, e dá o sentido para aquilo que ele quer ofertar. O objetivo é disponibilizar o que temos em benefício do próprio homem. E quando o questionamento é: Como a Igreja católica utiliza esse dízimo? O coordenador é esclarecedor. “Ele é usado na formação dos ministros ordenados, dos ministros leigos, dos agentes de pastorais e para todo o resto que é necessário na estrutura da Igreja”.
Mas Giovani reforça em entrevista conduzida pelo jornalista Lívio Galeno que a Igreja ainda está muito longe de ser auto-suficiente por falta de consciência por parte do dizimista. Giovani  convoca  os fiéis para uma reflexão em que a mensagem deve ser de agradecimento. “O mais importante é louvar e bem dizer a Deus já que temos um lugar e uma pessoa a quem entregar esse dízimo. Quanto à indagação do que será feito com ele é algo que não deve existir” alerta.
O dízimo é algo entre o fiel e Deus. Quanto a destinação, é responsabilidade de quem recebe. “Não importa o valor. Todo o nosso relacionamento se dá na liberdade e na gratuidade. Deus não olha o externo e sim o interno” diz Giovani.
Ao final da entrevista Lívio questiona o coordenador sobre como ser um dizimista. E a mensagem final do coordenador da Pastoral do dízimo é de reflexão. “Para que a gente possa chegar à auto-sustentação devemos pensar sobre o perfil do dizimista fiel. Porque existe aquele que vai fazer o cadastro e se compromete. Mas esse comprometimento não é 100%. Ele apenas idealiza uma quantia e devolve, mas às vezes não vai no mês seguinte. Passa dois ou três meses sem fazer a devolução. Agora o dizimista fiel é aquele que é fiel todos os meses. Porque nós sabemos que dízimo é a décima parte de alguma coisa. Quando eu devolvo 10% daquilo que é a minha renda mensal. Eu estou devolvendo apenas 10% do que é o meu salário. No entanto o que Deus nos oferta é muito mais”.
Após essa reflexão Giovani conclui dizendo: “O dízimo é responsabilidade de todos nós que somos batizados”, finaliza.
Por Vera Alice Brandão
Fonte: Arquidiocesedeterecina.org.br

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