DÉCIMO SÉTIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A

 


Hoje com toda a Igreja iremos celebrar o XVII Domingo do Tempo Comum, e como tema nos é apresentado a “Justiça” do reino de Deus.

Este tema já se faz presente na primeira leitura, que é retirada do livro de 1Reis 3, 5.7-12, o autor fala-nos da atitude do rei Salomão, quando o próprio Deus aparece-lhes em sonho e lhes concede qualquer pedido (1Rs 3,5 “... Pede! Que posso dar-te”.) O Rei exprime toda sua fragilidade e incompetência para gerir um reino tão grande e precioso aos olhos de Deus, más pede sabedoria que o capacitasse para a missão. “É preciso que dês a teu servo um coração atento, para governar teu povo, para discernir entre o bem e o mal; de fato, quem seria capaz de governar teu povo, este povo tão importante.” 1Rs 3,9

Salomão com seu pedido de “Sabedoria”, afasta a ganância, riqueza, poder sobre os inimigos, e nos ensina que tudo isso, diante da “Sabedoria” é irrelevante, pois a sabedoria, é pedagógica, nos mostra que o poder sem a justiça e o serviço tem o cheiro de tirania. O Poder de Deus exercido por Jesus é serviço. (Mc 10,45)

A segunda leitura retirada da carta de Paulo aos Romanos: 8,28-30 nos ensina que o povo é glorificado através do poder de Deus, que é “Justiça”, más que depende unicamente de nossa adesão, que deverá ser feita com toda liberdade, característica importante do homem livre. “Os que predestinou, também os chamou; os que chamou, justificou-os; e os que justificou também os glorificou” Rm 8,30

Evangelho de Jesus Cristo escrito por Mt 13,44-46, coração da palavra de Deus, neste evangelho nos é apresentado três parábolas, que nos mostra o verdadeiro valor do reino, um tesouro, uma pérola, uma rede lançada ao mar, preciosidades que deverá sobrepor-se a qualquer valor possuídos ou vistos aos olhos humanos, as vezes escondidos a estes olhos doentes, cegos pela ganância, pelo imediatismo, auto-suficiencia, más que, se procurados com perseverança, fé e “Sabedoria” (pedida por Salomão 1Rs 3,9 primeira leitura), o encontraremos e com expertise divina, tomaremos posse.

Olhando pelo ângulo vocacional, as parábolas que ora refletimos, são um convite a deixar tudo, para se colocar em um caminho que nos leve à Iniciação a Vida Cristã, nos tornando alinhados ao projeto salvifico de Deus, trazendo-nos a verdadeira felicidade que tanto buscamos, mas só o encontraremos a partir do coração misericordioso de Jesus.

Me valo do Pe José Bortoline em seu livro Roteiros Homiléticos, que nos ilumina para o entendimento da última parábola deste domingo: “A parábola da rede lançada ao mar (vv.47,50) prolonga o tema da parábola do joio e do trigo, (cf. parábola do domingo passado) e tem o sabor de escatologia final. Na sociedade convivem lado a lado “peixes bons” e “peixes ruins” (Lv 11, 9-12 e Dt 14,9 prescreviam quais peixes podiam ao não ser comidos). Quem lança a rede é Deus e só Ele compete ordenar a triagem.”

Por fim entendemos que esta parábola nos chama a viver a “Justiça” em meio a uma sociedade conflituosa, resistente ao amor curador, libertador, desinteressado, más que não resiste a prática do servir, pedagogia exercida por Jesus Cristo Nosso Senhor e Salvador.

Diac Artur Carlos Pereira

Referencias:

Bíblia TEB

Roteiros Homiléticos Pe José Bortolini


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