DÉCIMO QUINTO DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A

 


Hoje com toda a Igreja celebramos o décimo quinto domingo do tempo comum, a liturgia deste domingo nos convida ao tempo que refletimos a palavra, possamos colocá-lo em prática, e assim deixar que esta palavra materialize-se como a vontade de Deus.

A primeira leitura tirada do livro de Isaias, 55,10-11, o profeta fala da força regeneradora da palavra, Ela é penetrante, transformadora e tem a capacidade de realizar tudo, seu efeito cura os corações doentes do homem e o encaminham para o encontro pessoal com Deus na pessoa de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. Is 55,11 “tal ocorre com a palavra que sai da minha boca: ela não torna a mim sem fruto; antes, ela cumpre minha vontade, assegura o êxito da missão para a qual a enviei.”

Na segunda leitura tirada do carta do apóstolo Paulo aos Romanos: 9,18-23, o apóstolo, como em todos os seus escritos, traz uma palavra forte que gera muitas tenções nos corações, todavia não devemos alimentar a ideia de que somos vítimas do destino, devedores do fatalismo. Hoje Paulo nos afirma que, pela morte e ressureição de Jesus e a efusão do Espírito Santo, todos poderão ter acesso ao projeto de Deus que desemboca na libertação, não somos escravos do fatalismo.

Com a Imagem do parto, Rm 8,22 “Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre dores de parto até o presente” Paulo descreve, a espera na dor, mas com o sentimento de esperança que deste parto nascerá o amor o perdão e a misericórdia, ao tempo que trará luz ao muno, que vive mergulhado no egoísmo, vitimado pelo o abandono dos pequeninos que se encontram a margem da sociedade, sem trabalho, sem moradia, sem segurança, sem saúde, marcados pela insegurança alimentar.

Aconteça o que acontecer, somos convidados a olhar para o futuro do mundo e da humanidade com a lupa da esperança, que deverá ter sua realização iniciada na nossa história, o sinal é aceitar o convite de Jesus a viver “segundo o Espirito”.

 O Evangelho de Jesus, segundo Mt 13, 1-23, que refletimos neste domingo, coloca em evidencia a parábola do semeador ou a parábola da semente.

Parábola é um instrumento, através do qual Jesus, usa imagens e comparações para educar e propagar a mensagem salvífica.

Para entendermos melhor as palavras do evangelho de hoje, temos que ter presente duas coisas: 1) A semente (palavra) tem em si, todas as propriedades para que dela gere uma vida nova, assim é a palavra de Deus na pessoa de Jesus Cristo nosso Senhor, que gera justiça na prática do mestre; 2) Jesus o enviado de Deus é o semeador, que em sua generosidade na prática do amor verdadeiro derrama a semente (palavra) em todos os campos, gerando oportunidade para que todos possam absolver esta semente e deixar que, no terreno de nosso coração, esta semente possa nascer, crescer e dar frutos em abundância. Mat 13,23 “O que foi semeado em terra boa é aquele que ouve a Palavra e a entende. Esse dá fruto, produzindo a razão de cem, de setenta e de trinta.

Dito isto vamos fazer uma autocritica e verificar a que campo, se compara o nosso coração, más tendo sempre presente, que a palavra restaura qualquer terreno, desde que façamos a opção pelas práticas do semeador que nos levara a eliminar os elementos que sufocam esta semente.

A semente que caiu a beira do caminho (Mt, 13,4), um terra pisoteado, duro, remete-nos aos corações insensíveis, egoístas, orgulhosos, onde prevalece a auto-suficiencia, não tem lugar para Deus.

A semente que caiu em terreno pedregoso (Mt 13,5), até brota, mas logo perecem, isso nos remete aos corações inconstantes, capazes de se entusiasmarem com o “Reino”, más quando confrontados pela radicalidade do evangelho, são incapazes de suportarem as contrariedades, as dificuldades, as perseguições, as dores, gerando assim uma dificuldade de acreditar no projeto salvifico de Deus,

A semente que caiu, em meio aos espinhos (Mt 13,7) e que foi sufocada por eles, remete-nos aos corações materialistas, comodistas, onde a proposta do reino não é prioridade em suas vidas, preferem seguir no caminho de seus projetos pessoais, o sentimento que prevalece é o egoísmo, onde os valores do Evangelho são sufocados por interesses estritamente pessoal.

A semente que caiu em boa terra e que produziu em abundância (Mt 13,8), remete-nos aos corações que são fertilizados pelo amor verdadeiro, capazes assimilar a radicalidade do Evangelho, e depois colocá-lo em prática, lembra-nos também daqueles que com perseverança, trilharam o caminho da “Iniciação a Vida Cristã” e embarcaram na aventura do “Reino” sem medo, colocando-se nos braços daquele que age com caridade, misericórdia e justiça.

 E para concluir eu me valo do grupo dinamizador dos Dhonianos que publica as reflexões dos tempos litúrgicos em sem site: https://www.dehonianos.org/portal/15o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/

“A parábola, na sua forma original (vers. 1-9) refere-se à inevitável erupção do “Reino”, à sua força e aos resultados maravilhosos que o “Reino” alcançará… Com frequência, olhamos o mundo que nos rodeia e ficamos desanimados com o materialismo, a futilidade, os falsos valores que marcam a vida de muitos homens e mulheres do nosso tempo. Perguntamo-nos se vale a pena anunciar a proposta libertadora de Jesus num mundo que vive obcecado com as riquezas, com os prazeres, com os valores materiais… O Evangelho de hoje responde: “coragem! Não desanimeis pois, apesar do aparente fracasso, o ‘Reino’ é uma realidade imparável; e o resultado final será algo de surpreendente, de maravilhoso, de inimaginável”.”

Fiquem com Deus e que nosso coração seja transformado pelo amor de Deus, que é infinito e cheio de vontade que todos sejam salvos.

Diac Artur Carlos Pereira

Referencias

Bíblia Tradução Jerusalém

Revista Deus Conosco julho 2023

https://www.dehonianos.org/portal/15o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/


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