DÉCIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM - Ano A

 


A liturgia deste décimo quarto domingo do tempo comum, nos ensina que só encontraremos Deus se o buscarmos nos ensinamentos de Jesus, que com sua praxe nos mostra que Deus está na simplicidade, na humildade, no perdão, na misericórdia, na caridade (amor verdadeiro), o sobretudo na oração onde se tem uma intimidade com Deus na pessoa de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.  A arrogância, o orgulho, a prepotência, a mesquinhez, a avareza, são sentimentos estranhos a vontade de Deus, que só encontraremos nos corações humanos doentes, que necessitam do remédio do amor e da misericórdia para serem curados e restaurados. 

A primeira leitura tirada do livro do profeta Zacarias, 9,9-10, apresenta-nos este rei, enviado por Deus, um rei, que virá ao encontro dos homens, como escreve Zacarias: Zc 9,9 “... Eis que o teu rei vem ao teu encontro...”   Virá com uma nova proposta de poder, o poder do serviço que gera justiça, que tem como missão a salvação para todos. Um rei que estabelecerá seu reino, onde eliminará os instrumentos de guerra usados para a opressão e escravidão, desta maneira a paz que tanto se busca será encontrada nos limites deste reino, que terá como centro Jesus Cristo nosso Senhor o enviado de Deus, como escreve Zc 9,9-10 “Eliminará de Efraim o carro de guerra e de Jerusalém o carro de combate. Despedaçará o arco de guerra e proclamará a paz para as nações.” 

Trago aqui uma reflexão sobre a segunda leitura, Rm 9, 9.11-13 feita pela equipe de liturgia dos Dehonianos no Site  https://www.dehonianos.org/portal/14o-domingo-do-tempo-comum-ano-a0/   Na segunda leitura, Paulo convida os crentes – comprometidos com Jesus desde o dia do Baptismo – a viverem “segundo o Espírito” e não “segundo a carne”. A vida “segundo a carne” é a vida daqueles que se instalam no egoísmo, orgulho e auto-suficiencia; a vida “segundo o Espírito” é a vida daqueles que aceitam acolher as propostas de Deus. Eu completo que esta escolha é produto de uma livre adesão, incondicional ao projeto salvifico de Deus, que está ao alcance de todos, más é preciso tomar posse e vivenciar. 

No Evangelho de Jesus segundo Mt 11,25-30, inicia-se com o louvor de Jesus Mt 11,25 “... Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por teres ocultado isso aos sábios e aos inteligentes e por tê-lo revelado aos pequeninos” justamente para nos dizer que é nos pequeninos que Ele encontrou e encontra acolhimento, os grandes não tinham e não tem disponibilidade para os desafios proposto pelo evangelho, os grandes instalados em seus próprios projetos que excluem a Deus, são reféns do orgulho e auto-suficiencia, não precisam de Deus. 

A luz da liturgia de hoje em especial do Evangelho que ora refletimos, vamos colocar uma lupa em nossas práticas. 

Nós homens admiramos os sábios, os inteligentes, os intelectuais, os ricos, os poderosos, que estão todos os dias nas mídias, são formadores de opinião no meio social, político e até mesmo religioso, dirigem o mundo ditam regras, comportamentos sociais, e nós o admiramos. Jesus em sua prática, nos mostra que as coisas essenciais são assimiladas com rapidez pelos pequeninos, são eles que estão sempre disponíveis a acolher os valores do reino, e colocá-lo em prática de forma desconcertante, que inclusive desestabiliza todo o poder midiático dos sábios.  

Como então fazer esta experiência intima e profunda com Deus? Seu rosto é visível aos nossos olhos? Sentimos sua presença, na filosofia? Em um discurso racional coerente?  Nas práticas de ritos? 

O evangelho de Mat 11,27 nos afirma que só em Jesus poderemos ter estas respostas “Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, a não ser o Pai, ninguém conhece o Pai, a não ser o Filho. E aquele a quem o Filho revelá-lo”.  

Devemos atentar que não basta, ser catequista, fazer parte de grupos e movimentos, fazer parte dos conselhos da Igreja, participar dos terços das novenas, isto tudo faz parte de nossa vida comunitária, todavia não nos dar o conhecimento de Deus, conhecer a Deus é viver na simplicidade que Jesus nos ensina, estar disponível para segui-lo, é buscar a união com Jesus através da oração, alimentar-se de seu corpo e de seu sangue na Santa Missa. Estas práticas nos colocarão em seus braços, onde nas palavras de Jesus, encontraremos a verdadeira paz, como escreve Mat 11,28 “Vinde a mim todos vós que estais cansados sob o peso do fardo, eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas. Sim o meu jugo é fácil de carregar e o meu fardo é leve.” 

O evangelho que ora refletimos, deverá nos colocar em situação de alerta para a vontade de Deus na pessoa de Jesus, Ele oferece aos pobres, aos marginalizados, aos pequeninos, enfim a todos que se encontram abandonados, esquecidos pela sociedade e pelo estado, uma proposta de libertação e de esperança que deverá ter a participação de todos aqueles que acreditam que, Jesus Cristo é, nosso rei e Salvador. 

A liturgia nos provoca a refletir, sobre os seguintes questionamentos: 

 A Igreja dá testemunho da proposta libertadora de Jesus para os pobres? 

 Como é que os pequenos e humildes são acolhidos nas nossas comunidades? 

 Como é que acolhemos aqueles que têm comportamentos social ou religiosamente incorretos? 

Nossa consciência cristã, que nos remete a nossas origens, pelo qual fomos criados, há de responder. 

Deixemos que a semente da caridade brote em nossos corações. 

Diac Artur Carlos Pereira 

Referencias 

Bíblia TEB 

Revista Deus Conosco julho 2023 

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