Uma comunidade que vive a eucaristia


A Eucaristia é fonte e cume para toda vida cristã. Só isso já nos basta para reconhecer a nossa necessidade, enquanto discípulos e missionários, de ter uma vida fundamentada no dom tão precioso dado pelo próprio Senhor.

Em meio aos sinais que testemunhavam sua divindade, disseram a Jesus: “Nossos pais comeram o maná no deserto, segundo o que está escrito: Pão do céu lhes deu a comer. Faze-nos ver algum sinal como este a fim de que vendo-o, possamos crer em ti” (Jo 6,30). Eis que Jesus assume o lugar do pão dado por Moisés, porém como alimento espiritual de vida que saciaria o mundo: “Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim, não terá mais fome, e aquele que crê em mim, jamais terá sede.” (Jo 6,35).

Ao passo que a Igreja perpetuou a celebração da Santa Missa ao longo dos tempos, grandes foram os testemunhos acerca da santidade e profundidade de tal mistério de fé. Podemos lembrar as palavras de São João M. Vianney que afirma: “A missa é a devoção dos santos!”; ou ainda Santa Teresa de Jesus que, em uma de suas experiências místicas perguntou a Nosso Senhor: “Senhor meu, como posso te agradecer ?”, e teve como resposta: “Assista a uma Missa!”.

Ensina a Santa Igreja em seu catecismo, §1362/§1363: “No sentido da Sagrada Escritura, o memorial não é somente a lembrança dos acontecimentos do passado, mas a proclamação das maravilhas que Deus realizou por todos os homens. A celebração litúrgica desses acontecimentos torna-os de certo modo presentes e atuais. É desta maneira que Israel entende sua libertação do Egito: toda vez que é celebrada a Páscoa, os acontecimentos do êxodo tornam-se presentes à memória dos crentes, para que estes conformem sua vida a eles. (...) O memorial recebe um sentido novo no Novo Testamento. Quando a Igreja celebra a Eucaristia, rememora a páscoa de Cristo, e esta se torna presente: o sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na cruz torna-se sempre atual. ‘Todas as vezes que se celebra no altar o sacrifício da cruz, pelo qual Cristo nessa páscoa foi imolado, efetua-se a obra de nossa redenção.”

A Eucaristia leva-nos a um desprendimento tal que não usurpamos o Corpo e Sangue do Senhor só para nós numa atitude egoísta e mesquinha, mas somos impelidos a trazer a comunidade para partilharmos desse banquete numa atitude que constrói a comunidade de fé. Segundo o Documento 107 da CNBB, iniciação a vida cristã: a vida cristã é um novo projeto de vida que requer um processo de passos de aproximação, mediante os quais a pessoa aprende o mistério amoroso do Pai, pelo Filho, no Santo Espírito e se deixa envolver por ele. 

Portanto, a comunidade que se deixa ser envolvida pela Eucaristia, observará entre seus membros a vivência prática do mandamento de Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!” (Jo 13, 34-35). O sonho do Pai que envia seu Filho para já aqui construirmos seu reino de amor entre nós.


Felipe de Oliveira Silva

Seminarista da Arquidiocese de Teresina

 

 

CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. 3ª. ed. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Paulinas, Loyola, Ave-Maria, 1993. Art. 1362/1363.

CNBB. Iniciação à Vida Cristã. Documentos da CNBB n. 107. Brasília: Edições CNBB, 2017.

http://psje.org.br/sacramentos/eucaristia/ 

http://catedraldepalmas.com.br/13-frases-sobre-a-santa-missa.html 

 

 


Comentários

  1. É maravilhoso sentir a Eucaristia que Deus nos deixa com sinal perfeito do seu AMOR.

    ResponderExcluir
  2. Realmente a Santa Missa é momento de grande riqueza espiritual... É maravilhoso participar deste momento em minha comunidade.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

POSTAGENS MAIS VISTAS

Solenidade de Pentecostes

Dizimistas Aniversariantes do Mês de Fevereiro

Domingo de Ramos