Vida religiosa e consagrada: amados e chamados por Deus


Mês Vocacional 2020

Tema: Amados e chamados por Deus

Lema: “És precioso aos meus olhos. Eu te amo” (Is43,1-5)

 

O mês de agosto para a Igreja do Brasil é um tempo de Reflexão e oração pelas vocações e ministérios, assumido em âmbito nacional no ano de 1981, por dioceses e regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Este ano, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil, órgão ligado a CNBB, responsáveis pela animação do mês vocacional, juntamente com outros organismos da Igreja, trás como tema para reflexão: Amados e Chamados por Deus, e o lema: “És precioso aos meus olhos. Eu te amo” (Isaías 43, 1-5), com o objetivo de aprofundar a alegria dos que recebem o chamado de Deus para servir na valorização do seu projeto de vida, de amor e de salvação. Ainda, sob as luzes e em profunda sintonia com a exortação pós-sinodal do Papa Francisco, Christus Vivit, apresentada aos jovens, como orientação pastoral para a Igreja.

A Palavra de Deus deve orientar nosso caminho, num profundo conhecimento acerca do chamado de Deus a nós, sobretudo, quando a mesma coloca em seus escritos testemunho de homens e mulheres que com generosidade, responderam seu sim com alegria e entusiasmo, não levando em conta as consequências inerentes a esse chamado. É o que observamos no Antigo Testamento, no livro do Gênesis 37, 2-3, ao narrar sobre a vida de José. Jovem que era o mais novo da família, e Deus vêm em seu favor, por meio de sonhos, e o faz ser sinal de perdão, reconciliação e proteção.

Assim, são os que com verdade de coração, abre-se para dá uma resposta de amor a Deus. Ele vem e coloca-se em nossa história, configura-se com nossas realidades e produz frutos de salvação. Por meio de uma resposta autêntica a Deus, concretizam-se as dimensões do chamado, necessária para uma profunda experiência com quem nos elegeu: Chamado-Resposta-Envio-Missão. Ambas as dimensões são fundamentais, pois acontecem segundo um profundo diálogo entre Deus e a pessoa chamada.

A Palavra de Deus nos ilumina, quando no livro do Gênesis 12, 1-9, nos faz compreender esse percurso ao falar do chamado de Deus a Abraão: “Sai de sua terra, do meio de seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrar. Eu farei de você um grande povo, e o abençoarei; tornarei famoso o seu nome, de modo que se torne uma bênção”.

Deus sempre tem a iniciativa de dá o primeiro passo, pois muito amou (1 João 4, 8). E esse amor é a mais bela expressão da misericórdia de um Deus ternura, que nos olha como pastor do rebanho (Salmo 22) e Senhor da Messe.

A Messe do Senhor é lugar de profunda realização da vocação do homem, antes de tudo, a vocação à vida e sua valorização, depois as várias expressões de caridade, misericórdia e compaixão, que nos encorajam a sermos para esse mundo, sal e luz (Mateus 5, 13-16), quando assumimos nossa vocação pessoal, quer sejam, Matrimonial, Sacerdotal, Laical ou Religiosa, qualquer que seja a manifestação de vocação é a concretização formal de Deus em nos fazer partícipes do seu Reino.

O Papa Francisco na Exortação pós-sinodal Christus Vivit, aos jovens do mundo todo, nos números 253 e 255 cita: “O Senhor chama-nos a participar na sua obra criadora, prestando a nossa contribuição para o bem comum, com base nas capacidades que recebemos”, ainda completa: “A tua vocação não consiste apenas nas atividades que tenhas de fazer, embora se manifeste nelas. É algo maior! É um percurso que levará muitos esforços e muitas ações a orientar-se numa direção de serviço”. O Papa faz menção a urgente reorganização do pensamento sobre a concretização da vocação, direcionando-nos a refletir, que por mais amplo e criativo as formas de manifestar o chamado, todos se interligam pela missionariedade, que traduz no serviço ao próximo, permitindo-nos transportar as barreiras do egoísmo e das indiferenças e lançar-nos a alegria de uma vida ofertada pelo Reino de Deus.

Somos amados, batizados e chamados a testemunhar de forma concreta em nossas realidades, a dimensão da Parusia, manifestação de um Deus-pessoa no hoje. Chamados desde toda eternidade, somos motivados a plenificação e a alegria de quem encontra no caminho um tesouro e o quer com desapego, partilhar de suas riquezas, para outros sentirem as realizações da promessa de Deus a seu povo: “Assim diz o Senhor que te criou, ó Israel: Não temas, porque eu te salvei. Chamo-te pelo teu nome, tu és meu” (Isaías 43, 1-10).

 

Ir. Diácono Francisco Danilo,

Instituto Nova Jerusalém – INJ

 

FONTES

*Bíblia Jerusalém.

* Exortação Pós- Sinodal “Christus Vivit”.

 

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