4º Domingo da Quaresma – Ano A


 

Alegria, Alegria, Alegria neste quarto domingo da quaresma, temos motivo suficiente para alegrar-nos, um é o dia em que celebramos São José o pai adotivo de Jesus, padroeiro da Igreja, homem do silêncio, São João Paulo II quando fala de São José dizia assim “"O bem não faz ruído, a força do amor expressa-se na discrição tranquila do serviço quotidiano". Jacques Bossuet se refere a São José da seguinte forma: Que se pode ser grande sem esplendor, bem-aventurado sem ruído; que se pode ter a verdadeira glória sem o socorro da fama, com o único testemunho de sua consciência". Enfim são muitas as palavras dirigidas a São José, más não poderemos deixar de citar Santa Teresa de Ávila, a primeira doutora da Igreja, a reformadora do Carmelo, disse: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”. 

  Celebramos também a luz, a escuridão já não é mais obstáculo, não nos prende mais, Jesus é nossa luz, nosso guia, Paulo expressa isso na segunda leitura: Ef 5,8 “Outrora éreis trevas, más agora sois luz no Senhor. Vivei como filhos da luz”. Outra expressão que Paulo usa, que deve se aplicar a cada um de nós é: Ef 5,14 “...Desperta tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá”. 

A primeira leitura tirada do livro de 1Samuel, 16,1b.6-7.1013a, Samuel unge Davi para ser rei, é uma oportunidade excelente para refletir sobre a unção que recebemos no dia de nosso batismo que nos credencia a sermos testemunho da luz de Deus no mundo, nos tornando reflexo desta luz, não só para mim más para todos os irmãos, companheiros nesta caminhada quaresmal, onde faremos o encontro com a fonte da luz, Jesus Cristo nosso Senhor. 

O Evangelho que refletimos é escrito por Jo 4,43-54 a cura de um cego de nascença, não é uma matéria jornalística que conta da cura do cego, más uma catequese, na qual apresenta Jesus como a “luz” que veio para iluminar o caminho dos homens. O cego do evangelho simboliza toda a humanidade que vive na escuridão, privada da “luz” prisioneira de todas as cadeias que as impedem de chegar a plenitude da vida.     

Este sinal causa um grande impacto na vida da comunidade, de um lado temos o cego, que crer, que louva a Deus pela sua cura, agora ele enxerga e pode comtemplar o rosto do mestre aquele que lhe proporcionou a sua cura, do outro lado o poder religioso que responde negativamente à “luz” libertadora, estes se opõem decididamente à proposta de Jesus porque estão instalados na mentira e a "luz" de Jesus só os incomoda; há aqueles que tem medo de enfrentar as críticas,  deixam-se manipular pela opinião dominante, e que, por medo, preferem continuar escravos do que arriscar ser livres; há aqueles que, apesar de reconhecerem as vantagens da "luz", deixam que o comodismo e a inércia os prendam numa vida de escravos...  “Eu me identifico com alguns destes grupos?” Precisamos ser livres viu. 

Essa realidade de hoje, guardando as devidas proporcionalidades não é muito diferente, pois a falta de uma visão de Igreja viva, deverá se manter ao lado dos pobres, uma igreja em saída, pode parecer inconcebível para as realidades atuais.  

Contrariando todas as realidades humanas, a igreja autêntica, que nos é apresentada pelo Concilio Vaticano Segundo, nos chama a sinonalidade, deve ser aberta, deve superar a todos estes conceitos e preconceitos, renovando-se constantemente de acordo com a leitura dos tempos atuais. Esta deverá ser a Igreja de Cristo, aberta e não fechada. Pense nisso. 

Diácono Artur Pereira 

Fontes: 

Bíblia tradução Jerusalém 

Roteiros Homiléticos Pe. José Bortolini 

 

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