29º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO C
A liturgia deste domingo nos convida a unir-nos naquilo que nos fortalece, a oração, pois só através da oração que conseguiremos manter esta união, nos tornando assim sacramento do Senhor para os irmãos.
Na primeira leitura tirada do livro do Êxodo 17,8-13, é narrada a lida do povo tanto para sobreviver como para conquistar a terra prometida, nesta passagem, que a Igreja nas traz para este domingo, o autor narra a batalha do exército do Senhor contra os amalecitas e é clara a intervenção de Deus no mundo, que muitas vezes, serve-se da ação do homem, más para que o homem possa ganhar as duras batalhas existenciais, ele tem que contar com a ajuda de Deus, esta ajuda brota do diálogo com Deus no poder da Oração.
Na peleja narrada no livro de êxodo fica claro que o exército vencia quando Moisés elevava a Deus seu clamor, quando este clamor era interrompido pelo cansaço Amelec vencia. Ex 17,11 “E enquanto Moisés ficava com as mãos levantadas, Israel prevalecia; quando, porém, abaixava as mãos, prevalecia Amelec”.
A lição que tiramos desta passagem é que, a vitória virá, se nossa oração, nossa fé e nossa perseverança, tiver como centro Jesus Cristo nosso Senhor.
A segunda leitura tirada da segunda carta de Paulo a, Timóteo capítulo 3,14-4,2 onde Paulo exorta seu filho Timóteo a levar consigo os ensinamentos do Mestre, combatendo com fé, todo tipo de mentira, pois é através dos ensinamentos de Jesus contidas nas Sagradas escrituras, que se alcança a verdadeira sabedoria que deverá conduzir-nos ao encontro pessoal com Ele, que deu a sua vida para nos salvar. (2Tm3,16) “Toda Escritura é inspirada por Deus é útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça a fim de que o home de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra.”
Evangelho coração da palavra de Deus segundo Lucas cap. 18,1-8, neste evangelho Jesus nos chama a atenção para a fé; perseverança e justiça, tudo isso ligado a oração que convida-nos a manter com Deus uma relação estreita, uma comunhão íntima, um diálogo insistente, só dessa forma será possível ao crente aceitar os projetos de Deus, compreender os seus silêncios, respeitar os seus ritmos, acreditar no seu amor.
Para ensinar seus discípulos e também nos ensinar, Jesus nos conta parábola do juiz injusto e da viúva perseverante, que nos leva a refletir sobre perguntas provocantes, talvez sem respostas más que deve nos provocar, nos sacudir e nos levar a uma mudança de vida. “Mas quando o Filho do Homem, voltar, encontrará fé a sobre a terra?” (Lc 18,8). Diante disto, todo cristão tem algumas certezas: 1. Ele vai voltar por isso rezamos na liturgia da Missa, “Vinde Senhor Jesus” 2. Outra certeza é que não sabemos qual é este dia, más daí vem um ensinamento muito importante que vimos no início da parábola, “Contou-lhes ainda uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, sem jamais esmorecer. (Lc 18, 1).
Esta parábola é carregada de significado, porque o Juiz que era encarregado exatamente do equilíbrio da prática de fazer justiça, não respeitava homem algum, e nem temia a Deus, no entanto aquela mulher com perseverança e insistência consegui aquilo que precisava, o juiz faz justiça.
A lição que tiramos deste ensinamento, é que devemos perseverar na oração insistente, respeitar o tempo de Deus, que é diferente do nosso, ser alinhado a seu projeto com fidelidade e ter a certeza que a justiça de Deus pode até tardar mas não falhará jamais, e vem carregada com muito amor e cheia de graça para toda a eternidade.
Coragem para rezar, rezar, rezar sempre, e com toda a nossa confiança, Sabendo que Ele cuida de nós, e nunca nos abandona.
Diácono Artur Carlos Pereira
Fonte: Bíblia tradução Jerusalém
www.dehonianos.org
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