O Senhor é fiel em sua palavra

Celebrando o 14° Domingo do Tempo Comum na igreja matriz da Paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, fomos direcionados pelo pároco Chagas Martins que este tempo litúrgico é propício para a caminhada que fazemos dentro da nossa missão da fé cristã.

Foto:  Em tempos de crise, o salmista nos lembra que o Senhor é amor fiel em sua palavra
Recordando o evangelista São Mateus, o reverendíssimo nos ensina que autor bíblico, desde as liturgias celebradas após a Semana Santa, vêm nos dando coordenadas de como deve ser nossa vivência de fé desde o início deste período de isolamento social por causa da pandemia da covid-19.

Portanto, este tem sido um tempo oportuno para que a Palavra de Deus possa chegar aos nossos corações realizando transformações de vida e nos proporcionando ensinamentos sobre o que Deus espera de nós.

Neste domingo, o Senhor veio nos fazer um convite: "Vinde a mim todas vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso" (Mateus 11, 28). Jesus não fala somente dos cansados do trabalho, visto que muitas pessoas estão cansadas sem fazer nada.

O convite é para os que estão cansados das preocupações, fadigas, medos ou todos os males que possa estar nos impedindo de conhecer e reconhecer a benevolência de nosso Deus.

No início do Evangelho proclamado nesta liturgia dominical, o texto bíblico encontrado em Mateus, capítulo 11, versículos 25 ao 30,  Jesus faz, primeiramente, uma oração de louvor a Deus Pai: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos" (v. 25). Neste sentindo vemos a confirmação de que Deus se revela aos pequeninos, aqueles que pareciam ser tão frágeis, ideia essa que muitas vezes nos leva a questionar como um Deus tão grandioso se revela aos pequenos.
Foto: Julho é o mês de reflexão sobre o dízimo
Padre Chagas continua enfatizando que nosso Deus é grande, grande é o nosso Deus. Um ser divino de tamanha grandiosidade vem adentrar nossa pequenez para nos impulsionar a viver seus ensinamentos e sua graça.
Os pequeninos são aqueles que dependem da graça de Deus em tudo na sua vida, vemos também na história da manifestação de Deus, sua predileção quando revelava seus sinais aos simples dos campos, assim como fora anunciado aos pastores no dia de seu nascimento, mas também aos pobres e  marginalizados da sociedade. Jesus é aquele que vai nas periferias para anunciar o Reino de Deus.

Que possamos ser pequeninos e humildes para também ouvir chamado do Cristo para abrir nosso coração e acolher o Reino de Deus. Porque não basta ter tanta inteligência é preciso ter sabedoria. Sabedoria capaz de entender e compreender o mistério do amor de Deus.

Por ser um mistério, sabemos que não compreenderemos por completo o amor divino, mas aos poucos podemos nos permitir estar aberto aos seus mínimos sinais em nosso dia-a-dia.

Este é o mistério no qual somos chamados a conhecer e viver mesmo em meio a tantas incompreensões. Confiemos que Jesus está sempre a nos direcionar.

O Senhor Jesus é aquele que alivia os sofrimentos daqueles que Nele esperam ou confiam, não significando que estaremos isentos do sofrimento, mas pelo contrário, o Mestre deixa claro que aqueles que desejam segui-lo devem tomar sobre si sua cruz e caminhar atrás dele.  Para nos motivar a suportar o peso de nossa cruz, Ele mesmo nos diz que seu jugo é suave e seu fardo é leve. Somos capazes de suportar.

Jesus, nosso Mestre e Senhor, atualiza sua Palavra de Vida para nós quando nos convida: "Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (v.v. 29-30) Confiando no Sagrado Coração de Jesus, encontramos nele o repouso para todos os momentos difíceis de nossa vida. Façamos a experiência de carregar o fardo com Jesus e aprender dele a humildade e mansidão que alegram o coração do Pai eterno.

Refletindo sobre o Dízimo em nossa igreja, Padre Chagas nos ensina que ele se atualiza no tempo de hoje ao fazermos o bom uso do nosso dinheiro, realizando nossa devolução para contribuir na manutenção do templo e na ação evangelizadora da igreja no mundo.

Fazendo a experiência da partilha, quando levamos em nossas comunidades o pouco do muito que recebemos das mãos de Deus, entendemos que o dízimo é importante para que a evangelização aconteça, essa evangelização iniciada pelo próprio Jesus, que nos dias de hoje deve ser continuada por todos nós cristãos.

Que durante todo este mês de julho, dedicado para que possamos rezar, refletir e meditar sobre o dízimo, pedimos que Senhor nos faça compreender todas as dimensões do dízimo em nossas vidas e dentro da comunidade paroquial.
Dentre tantos outros ensinamentos sobre o dízimo, o celebrante nos explica que essa partilha generosa é entrega e uma fidelidade que deve acontecer em nossas vidas. O dízimo antes de ser quantidade, deve ser fidelidade. Porque Deus é fiel e mantém sua fidelidade para conosco.

Se Deus é fiel e não somos fiéis para com Ele, também não conseguiremos ser fiéis a nossos irmãos. Pois podemos enganar o próximo, mas jamais deveríamos enganar a Deus, pois quando assim o fazemos cometemos um pecado, capaz de nos afastar da salvação de nossas vidas.

Na conclusão de sua homilia, Padre Chagas nos exorta: Sejamos fiéis! Olhemos para nossa espiritualidade, a nossa dimensão religiosa e peçamos ao Senhor que dentro de nossas comunidades possamos manifestar cada dia mais nossa caminhada de fé cristã.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado!
Texto: Júlio Rodrigues
Fotos: Karine Rocha
Pascom/ PNSPS

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