O exemplo de Maria é alento à fé neste tempo de crise, em que a vida e a esperança são ameaçadas por um vírus
Tradicionalmente, dentro do contexto católico, o mês de maio é dedicado à Maria, mãe de Jesus, onde, a piedade popular, de modo diverso e criativo, sempre procurou honrá-la com muita fé e devoção. Estamos vivendo um mês de maio diferente de todos os outros que já vivemos. Encontramo-nos à sombra de uma pandemia que tem exigido muito de todos nós. O nosso modo de viver e de se relacionar mudou. O modo de celebrar a nossa fé também. As missas, as quermesses, festas e coroações de Nossa Senhora como estávamos acostumados ficarão para depois. Ainda assim, não podemos deixar passar o pretexto que este mês nos dá para dedicarmos à Maria, Mãe de Jesus, um tempo de reflexão, e oração.
Foto: Missa de Pentecostes e Coroação de Nossa Senhora |
Mesmo assim, as comunidades estavam tristes em terminar o mês de maio, mês de Maria, sem uma manifestação forte de fé e devoção para com a Mãe de Jesus e, sobretudo, por não poder realizar as tradicionais procissões em honra à Nossa Senhora, tendo presente a exigência do distanciamento social orientado pelas autoridades sanitárias. Contudo, Deus nos deu o dom da criatividade. Pensou-se que seria possível realiza-las de forma diferente. Foi com esta criatividade que surgiu a ideia das Procissões Mariana Motorizadas”.
E aconteceu! Em inúmeras cidades pelo Brasil afora. “Foi uma bela manifestação de fé e amor para com Nossa Senhora, neste mês dedicado a ela.” Foi bonito e edificante ver os veículos que levavam as imagens de Nossa Senhora trafegando pelas ruas de nossas cidades, tivemos a alegria de ver várias manifestações de fé: “vimos pessoas ajoelhadas em sua calçadas, no meio da rua, outras de braços abertos pedindo proteção, outras levantavam seus rosários, outras tremulavam bandeiras e toalhas dos seus apartamentos. Vimos doentes que se colocavam à beira do caminho. Vimos milhares de fiéis: idosos, jovens, crianças com seus pais, casais que, desde dentro de seus carros, expressavam sua felicidade por estarem pertinho da Mãe do Filho de Deus”.
“A distância separa as pessoas, mas não apaga seus sentimentos!” Nada poderá apagar o nosso sentimento de amor e devoção por Maria, nossa Mãe Santíssima! Nem mesmo essa terrível pandemia poderá nos impedir de declarar e manifestar a nossa gratidão àquela que é a nossa Perpétua intercessora.
Padre Chagas Martins
Arquidiocese de Teresina
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro/ PASCOM
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