A totalidade da presença de Deus

Neste domingo, ao celebrarmos a Santíssima Trindade, Deus Pai, Filho e Espírito Santo que, ao longo da história vai se revelando à humanidade. Recordamos que no domingo passado, encerrando o tempo da Páscoa com a Festa de Pentecostes, Jesus que havia prometido que mesmo indo para junto do Pai nos enviaria seu Espírito Santo, nosso paráclito.

Foto: Missa da Solenidade da Santíssima Trindade

Uma vez aprendendo com o Senhor seremos firmados na força daquilo que Ele nos reserva e revela a todos nós. Deus ao longo da história se revela aberto para que todos que dele se aproximarem possam acreditar.

No antigo testamento temos em Deus Pai criador que nos fez à sua imagem e semelhança. A salvação realizada na pessoa de Jesus se torna a segunda manifestação da Trindade Santíssima, quando Jesus vem tornar visível o rosto do Pai.
Confirmação disso é quando Felipe pede para que Jesus possa lhes mostrar o Pai, e Ele responde "aquele que me viu, viu também o Pai" (João 14, 9).

Jesus Cristo, pela sua natureza humana e divina, ao agir na comunidade prepara-nos para a vinda do Espírito Santo que vem sobre a Igreja orante para nos dar novo ânimo na missão e evangelização. Com o derramamento do Espírito Santo completa-se dentro da trindade a unidade ao qual todos os cristãos devem ter. Não acreditamos que a Santíssima Trindade sejam três deuses, mas, um só Deus em três pessoas, na qual nenhuma delas diminui a presença das outras. Onde uma das pessoas está, a unidade trina e santa se manifesta.

Nesta unidade indivisível compreendemos que cada uma das três pessoas pode se manifestar no tempo e na história, mas revelando que é um só Deus e Senhor.

Foto: O salmo foi cantado pelo paroquiano Juan Carlos


Quando dizemos que acreditamos em uma das pessoas da Santíssima Trindade, mas não acreditamos nas outras devemos duvidar da nossa fé. Pois, Deus é esse mistério que se revela a nós. 

Aquele que confia na ação do Espírito Santo não pode negar a ação do Pai e do Filho. As Sagradas Escrituras nos ensinam que "todo pecado e toda blasfêmia serão perdoados aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não lhes será perdoada" (Mateus 12, 31). O pecado ao Divino Espírito se dar quando nós o negamos ou não acreditamos nele.

Como comunidade, cristãos, homens e mulheres de fé somos chamados a experimentar esta disposição de coração para acolher a manifestação da Trindade Santa. Recordamos que onde uma das pessoas está as três se fazem presentes.

Vivamos a alegria da nossa comunidade cristã a exemplo da Santíssima Trindade. Sem esquecer da certeza deixada pelo próprio Jesus de que "onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18, 20).

Jesus dar seu testemunho e exemplo de uma autêntica experiência de vida dentro da comunidade. Olhando para nossa realidade que neste tempo ainda não estamos reunidos na nossa igreja paroquial, mas estamos na comunidade das nossas igrejas domésticas, nossas famílias.

Com esta celebração aprendemos a experiência da unidade que não é necessariamente uniformidade, percebemos esse sentido na própria trindade santa onde temos o criador, o salvador e o santificador. A partir da comunhão de nosso Deus somos impulsionados a viver em nossas comunidades a comunhão de sentimentos, de preces, de doação e de pensamentos.

Na primeira leitura desta liturgia dominical, retirada do livro do Êxodo capítulo 34, versículos do 04 ao 09, Moisés direciona sua súplica ao Pai para que intervenha sobre seu povo de cabeça dura. Mostra assim, que a manifestação da Santíssima Trindade em nossa comunidade não é porque merecemos, mas porque Deus ama seu povo de verdade, com um amor de Pai acolhedor. Cada uma das pessoas santíssimas revela esse amor que se transforma em paz.

Foto: O paroquiano Fernando proferiu a primeira leitura retirada do livro de Exôdo


Na liturgia deste domingo celebramos a totalidade da presença do Deus Pai, Filho e Espírito Santo, a quem nós amamos e adoramos, pois, Deus também deseja continuar na vida e na missão de cada um de nós.

Neste primeiro domingo do mês ao rezamos por todos os dizimistas da nossa comunidade paroquial pedimos ao Senhor que nos ajude a sermos fiéis. Assim como Deus, uno e trino, é fiel a cada um de nós, que possamos viver nossa fidelidade que deve primeira ser presente em nossa oração, depois na comunhão, na partilha e na participação no mistério de amor do Senhor.

Que cada um de nós que rezamos e acompanhamos a celebração da missa de nossas casas possamos dizer: Fica conosco, Senhor e diante da continuidade de sua presença possamos dar testemunho da fidelidade de teu reino em nosso meio.

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado!




Texto: Júlio Rodrigues
Fotos: Karine Rocha
Pascom/ PNSPS

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