Semente da Caridade: Alimentai-vos do Pão da Vida



Na novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro vamos refletir Jo 6,30-35.

Para que possamos entender melhor a leitura do Evangelho de São João, proposto para hoje, devemos responder a seguinte pergunta: Qual alimento que não se acaba? Para isso devemos fazer uma leitura de todo o capítulo seis de João. A resposta pode ser encontrada quando olhamos para a ação de Jesus que nos responde com tantos sinais, em que um dos grandes é a partilha, pois foi exatamente partilhando, que sobraram 12 cestos cheios. “Eles os recolheram e encheram doze cestos com os pedaços dos cinco pães de cevada deixados de sobra pelos que ali se alimentaram”, (Jo. 6,13).

Mas voltando o evangelho que ora refletimos, depois de todos os sinais, curas e partilha, por um lado, Jesus olha para a grande multidão e pede a fé em sua pessoa, pois ele é o enviado do Pai, o prometido, cantado e profetizado por todos os profetas. Do outro lado estava o povo que cobrava provas miraculosas de Jesus como condição para a fé. “Que sinal realizas, para que vejamos e creiamos em ti? Que obra fazes? [...]”, (Jo 6,30).

É difícil imaginar a tristeza que é tomada no coração de Jesus, é como um pai que sofre ao ver seu filho seguir o caminho da perdição, apesar dos conselhos e sinais dados. É, meus irmãos e irmãs, estamos falando do amor perfeito e verdadeiro de Deus, na pessoa do messias, Jesus Cristo Nosso Senhor.

A exigência do povo era que Jesus mostrasse uma fé racional, palpável, uma fé fundada nos milagres, como o que aconteceu no deserto, quando o Senhor os alimentou com o maná; “Nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito [...]”, (Jo. 6,31). Contudo, a fé fundada em milagres não se sustenta sozinha, sempre fica exposta às dúvidas e a necessidade de novas e maiores provas. A fé é descrita da seguinte forma: “A fé é uma posse antecipada do que se espera, um meio de demonstrar as realidades que não se vêem.  Foi por ela que os antigos deram seu testemunho”, (Hb 11, 1-2).

Jesus em sua pedagogia, como mestre e Senhor, responde aos que lhes questionam, é como encontramos em João 6, 32-33: “ [...] em verdade em verdade vos digo, não foi Moisés quem vós deu o pão que veio do céu, mas  é meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu; porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá a vida ao mundo”. É este pão, meus irmãos, que devemos buscar, o pão do perdão, da justiça, do amor verdadeiro e da misericórdia; é este pão que nos alimenta e se apresenta no altar do Senhor em corpo, alma e divindade, sobre o véu do Santíssimo Sacramento do altar.

Para finalizar, concluímos que, quando nos esforçamos para compreender Jesus à luz da fé (ou até mesmo da ciência), ficamos marcados e inclinados a ter fé e acreditar que Ele é o único salvador, que veio para nos dar a vida em abundância. Ele é o centro vivo da fé, e, só por meio Dele que, os homens poderão serem salvos. É do Cristo que podemos receber o fundamento e a síntese de toda a verdade; Nele encontramos a chave, o centro e o fim, (finalidade) de toda a história da salvação da humanidade.

Se formos cristãos precisamos escolher Jesus Nosso Senhor e segui-lo sem restrições, deixando que ele nos guie, nos cure e nos liberte. Por isso a exemplo dos ouvintes de Jesus neste evangelho peçamos: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”, (Jo. 6,34). E, certamente ouviremos Dele: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim, nunca mais terá fome, e o que crê em mim nunca mais terá sede”, Jo. (6, 35).

Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo...

Referencias bíblicas tiradas da tradução da Bíblia de Jerusalém*

Semente da Caridade é uma coluna assinada por Diácono Artur Pereira
Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro


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